O investimento visa não apenas a detecção e interrupção do comércio de fentanil, uma droga opióide altamente perigosa, mas também o fortalecimento das ferramentas de aplicação da lei. Com esse novo orçamento, o governo canadense espera melhorar a coordenação operacional entre as agências de segurança, ampliar o compartilhamento de informações e otimizar os sistemas de imigração e asilo. Entre as iniciativas, está o treinamento de novas unidades de cães detectores de drogas, além da ampliação das capacidades de coleta de inteligência.
A Real Polícia Montada do Canadá receberá novos equipamentos, incluindo helicópteros e drones, e serão implementadas torres de vigilância móveis. Adicionalmente, está prevista a criação de uma força de ataque conjunta, dedicada ao combate ao crime organizado, refletindo uma preocupação clara com a segurança nacional e a necessidade de uma resposta eficaz a desafios transnacionais.
Essas medidas coincidem com as declarações recentes do presidente eleito dos EUA, Donald Trump, que anunciou planos para imposição de tarifas sobre produtos do Canadá e do México relacionados a questões não resolvidas de imigração e tráfico de drogas. A proposta de Trump, que visa uma tarifa de 25% em produtos desses dois países, embute um potencial de tensão nas relações comerciais e políticas entre Canadá, Estados Unidos e México, especialmente dentro do contexto do Acordo entre os Estados Unidos, México e Canadá (USMCA).
O investimento do Canadá representa uma abordagem proativa em um cenário geopolítico volátil, onde a segurança nas fronteiras é uma prioridade crescente. Esse movimento também poderá gerar reflexões sobre a interdependência econômica e as complexidades das relações entre os três países envolvidos. A situação exige uma vigilância contínua e ações concretas para abordar a crescente preocupação com o tráfico de drogas e a segurança fronteiriça na América do Norte.