Os postos de coleta estarão distribuídos por várias cidades brasileiras e devem permanecer em funcionamento até o dia 30 de agosto de 2024. Durante esse período, peritos criminais e odontologistas estarão empenhados em receber amostras de material genético de familiares de pessoas desaparecidas, a fim de compará-las com os bancos de dados estaduais e federais que compõem a Rede Integrada de Bancos de Perfis Genéticos.
Em Alagoas, a Polícia Científica assume o papel de ponto focal da campanha, com postos de coleta estabelecidos no IML da capital, em Maceió, e no IML do Agreste, em Arapiraca. A perita criminal Barbara Fonseca, chefe do Laboratório de Genética do Instituto de Criminalística de Maceió, ressalta a importância da coleta de DNA como instrumento fundamental na busca por pessoas desaparecidas, podendo ser decisiva para a resolução de casos ainda não esclarecidos.
No Brasil, os números de desaparecimentos são alarmantes, com 78.703 casos registrados em 2023 e 45.670 até o momento deste ano. Em Alagoas, foram contabilizados 626 desaparecimentos em 2023 e 375 de janeiro a julho de 2024. Diante desse cenário, a campanha de coleta de DNA se torna uma ferramenta essencial para confrontar perfis genéticos de familiares com pessoas não identificadas em todo o país.
Além disso, a perita-geral da Polícia Científica, Rosana Coutinho, destaca a existência de uma política local, como o Programa de Localização e Identificação de Desaparecidos (Plid), coordenado pelo Ministério Público de Alagoas. Essas iniciativas visam mobilizar a população e sensibilizar os familiares sobre a importância da doação de material genético, promovendo a busca por respostas e o reencontro de entes queridos desaparecidos.