CAMARA DOS DEPUTADOS – Setor público deve liderar investimentos na reindustrialização do País, defendem representantes do governo na Câmara dos Deputados.



Em uma reunião realizada na Câmara dos Deputados, representantes do governo defenderam a liderança do setor público nos investimentos para a reindustrialização do Brasil, especialmente com base nos modelos de transição energética. Segundo eles, os investimentos necessários são caros, arriscados e não atrativos para o setor privado, em sua maioria. A discussão aconteceu durante encontro do Centro de Estudos e Debates Estratégicos.

De acordo com os técnicos do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, o Brasil possui condições favoráveis para se destacar na transição energética, em função da biodiversidade, mercado interno, histórico de políticas de energias limpas e presença de minerais estratégicos.

Um dos participantes, Felipe Machado, fez referência ao investimento da China na transição energética há 15 anos e aos programas lançados pelos Estados Unidos para carros elétricos. Machado também destacou a resistência em fortalecer instituições como o BNDES, apesar da importância do banco de fomento para o desenvolvimento do país.

Durante a reunião foram discutidas propostas, como a aprovação de projetos de lei para permitir ao BNDES financiar bens e serviços no exterior e criar títulos de crédito para o desenvolvimento. Além disso, foram mencionados projetos para facilitar a aquisição de máquinas e tornar os carros brasileiros mais sustentáveis.

Outro ponto abordado foi a relevância de projetos que regulamentam o mercado de carbono, a economia circular, a regulação de usinas eólicas offshore e a bioeconomia. Também foi citado o plano Mais Produção do BNDES, que prevê investimentos de R$ 300 bilhões para modernização da indústria nos próximos quatro anos.

O deputado Luiz Ovando, relator do tema no Cedes, ressaltou a importância de equilibrar a produção de alimentos com a sustentabilidade. A discussão sobre investimentos públicos para impulsionar a reindustrialização e a transição energética foi intensa e levantou importantes questões sobre o papel do Estado nesse processo de desenvolvimento econômico e sustentável.

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