CAMARA DOS DEPUTADOS – Setor industrial debate ajustes na política econômica para impulsionar empregos e aumentar participação no PIB em audiência na Câmara dos Deputados.



No dia 30 de outubro de 2024, durante o anúncio de novos investimentos no programa Nova Indústria Brasil (NIB) pelo governo, empresários e trabalhadores se reuniram na Câmara dos Deputados para discutir ajustes na política industrial com o objetivo de aumentar a geração de empregos e o papel do setor no Produto Interno Bruto (PIB) do país.

O debate ocorreu na Comissão de Desenvolvimento Econômico, onde o deputado Daniel Almeida (PCdoB-BA) defendeu a participação ativa do órgão nas discussões. O programa NIB foi lançado no início do ano com metas ambiciosas de “neoindustrialização”, explorando novos segmentos de alta complexidade tecnológica.

Durante a audiência pública, diversas entidades manifestaram apoio à nova política industrial, porém com ressalvas apresentadas por Samantha Ferreira e Cunha, da Confederação Nacional da Indústria (CNI). Ela ressaltou a importância de a política ser de Estado, visando a redução das desigualdades e o aumento do crescimento econômico.

A necessidade de uma maior articulação público-privada foi reforçada, juntamente com medidas para impulsionar a indústria e solucionar problemas que prejudicam o ambiente de negócios. Desde 2012, o setor de transformação encolheu 1,4%, enquanto a agropecuária e os serviços apresentaram crescimento médio anual.

O Brasil, que já foi uma das principais indústrias do mundo, agora ocupa a 16ª posição devido a países como Rússia, Taiwan, Turquia e Indonésia. Apesar de representar 25,5% do PIB, a indústria ainda é responsável por grande parte das exportações e arrecadação de tributos no país, além de manter salários acima da média nacional.

O programa Nova Indústria Brasil foi elogiado pelos participantes, porém houve críticas às limitações impostas pelo arcabouço fiscal e pela Lei de Diretrizes Orçamentárias. Empresários, trabalhadores e sindicatos concordaram que a “neoindustrialização” passa pela superação de obstáculos como juros elevados, burocracia e concorrência com produtos asiáticos.

O coordenador do programa informou que nos próximos meses serão criados grupos de trabalho para articular as cadeias prioritárias, prevendo investimentos significativos. Dessa forma, espera-se uma recuperação do setor industrial e a retomada do crescimento econômico no país. As perspectivas para o futuro são otimistas, com ações previstas em diversas áreas industriais sustentáveis e tecnologicamente avançadas.

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