Durante a sessão, Ana Pimentel destacou a importância da participação das mulheres nas decisões relacionadas ao enfrentamento das mudanças climáticas, uma vez que são as mais afetadas por eventos extremos, como enchentes e secas. Ela ressaltou que a crise climática é fruto de escolhas equivocadas da sociedade e que as mulheres sofrem de forma desproporcional com os impactos, como perda econômica, aumento da violência e evasão escolar.
Além disso, a deputada criticou a política de austeridade fiscal e defendeu um orçamento que priorize políticas públicas universais e a prevenção de crises ambientais. Ela também mencionou a taxação de grandes fortunas como uma possível solução para financiar medidas de proteção ao meio ambiente e desenvolvimento sustentável.
Outras representantes de diversos países também ressaltaram a importância das mulheres serem protagonistas nas discussões sobre a crise climática. A senadora Leila Barros (PDT-DF) enfatizou a necessidade de políticas integradas e sustentáveis para lidar com a crise climática, enquanto a representante da ONU Mulheres, Ana Claudia Jaquetto Pereira, falou sobre a importância de políticas de longo prazo que considerem as desigualdades de gênero.
O encontro também contou com a presença de representantes dos Estados Unidos, Reino Unido, Itália, Índia, São Tomé e Príncipe e Indonésia, que apresentaram diferentes perspectivas e soluções para os desafios ambientais enfrentados pelas mulheres em todo o mundo.
Em um cenário em que apenas 26% dos parlamentos do mundo têm representação feminina, é fundamental que as mulheres sejam colocadas no centro das decisões políticas, contribuindo para a construção de um desenvolvimento sustentável e justo. A participação ativa das mulheres nessas discussões é essencial para enfrentar os desafios climáticos e garantir um futuro mais equitativo para todos.