CAMARA DOS DEPUTADOS – “Projeto de Lei reforça punição para agentes públicos que violarem a nova lei de esterilizações no Brasil”



O Projeto de Lei 1067/23 tem como objetivo fortalecer as punições para agentes públicos que desrespeitarem a nova lei de esterilizações no Brasil, a Lei 14.443/22. Essa lei trouxe algumas mudanças importantes, como a redução da idade mínima para realização de laqueadura e vasectomia, de 25 para 21 anos. Além disso, não há mais a exigência de idade mínima para aqueles que já possuem pelo menos dois filhos vivos, e o consentimento do cônjuge não é mais necessário para realizar a esterilização. Outra mudança significativa foi a permissão para a realização da laqueadura logo após o parto, e também a garantia de oferta de qualquer método contraceptivo no prazo de 30 dias.

De acordo com o projeto em análise na Câmara dos Deputados, os agentes públicos que não cumprirem as normas estarão sujeitos a sanções penais e administrativas. Já as operadoras de planos de saúde que desrespeitarem as regras serão punidas pela Agência Nacional de Saúde Complementar, sem prejuízo de uma possível ação civil pública.

O autor do projeto, deputado Adail Filho (Republicanos-AM), afirma que a intenção é garantir o respeito aos direitos reprodutivos regulamentados pela lei. Ele destacou uma reportagem da Folha de S. Paulo de setembro de 2021, que mostrava que algumas Unidades Básicas de Saúde condicionavam a colocação de DIU ao consentimento do cônjuge.

A proposta agora seguirá para análise das comissões de Saúde e de Constituição e Justiça e de Cidadania. Se for aprovada nessas comissões, poderá seguir em caráter conclusivo, dispensando a votação em plenário, a menos que haja recurso assinado por 52 deputados para a apreciação da matéria no plenário.

Essa medida busca garantir que as mudanças trazidas pela nova lei sejam efetivamente cumpridas pelos órgãos públicos e pelas operadoras de planos de saúde. A intenção é assegurar o respeito aos direitos reprodutivos das pessoas, eliminando possíveis barreiras e burocracias que dificultem o acesso aos métodos contraceptivos e às esterilizações quando desejadas.

Essa iniciativa do deputado Adail Filho visa proteger a saúde e o bem-estar das pessoas, garantindo que elas tenham o direito de fazer suas próprias escolhas reprodutivas de forma livre e autônoma, sem enfrentar obstáculos injustificados.

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