Segundo o texto do projeto, Marques argumenta que os partidos políticos devem dar o exemplo à sociedade ao quitar seus débitos previdenciários antes de receberem quaisquer repasses do fundão. Para o deputado, é inconcebível que um partido tenha dívidas com a União e ainda assim receba financiamento para suas campanhas eleitorais.
A proposta agora será analisada em caráter conclusivo pelas comissões de Finanças e Tributação e de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ). Caso seja aprovada, seguirá para a votação no Plenário da Câmara dos Deputados.
Essa iniciativa gerou debates e discussões entre os parlamentares, especialmente no que diz respeito ao financiamento das campanhas eleitorais. Alguns argumentam que a medida pode ser crucial para garantir a transparência e responsabilidade financeira dos partidos políticos, enquanto outros acreditam que pode afetar a autonomia e liberdade dos partidos em receberem financiamento para suas atividades políticas.
Esta não é a primeira vez que o financiamento político é tema de debates na Câmara dos Deputados. Diversas propostas e projetos de lei têm sido apresentados ao longo dos anos, buscando reformar ou aprimorar o sistema de financiamento das atividades políticas no Brasil.
De qualquer forma, o Projeto de Lei 6123/23 de Gilson Marques coloca em evidência a importância do debate sobre a transparência e responsabilidade financeira no cenário político, buscando aprimorar os mecanismos de financiamento e garantir que os partidos políticos cumpram com suas obrigações previdenciárias antes de receberem financiamento público para suas campanhas eleitorais. A medida, se aprovada, poderia representar um avanço significativo no sentido da moralização e transparência do financiamento político no Brasil.