CAMARA DOS DEPUTADOS – Projeto de Lei propõe desconto automático de dívidas previdenciárias dos partidos políticos nos repasses do “fundão” eleitoral.



Na última terça-feira, 19 de fevereiro de 2024, o deputado Gilson Marques (Novo-SC) apresentou o Projeto de Lei 6123/23 na Câmara dos Deputados, que propõe que as dívidas dos partidos políticos com a Previdência Social sejam automaticamente descontadas dos repasses mensais que recebem do Fundo Especial de Financiamento de Campanha (FEFC), popularmente conhecido como “fundão”.

Segundo o texto do projeto, Marques argumenta que os partidos políticos devem dar o exemplo à sociedade ao quitar seus débitos previdenciários antes de receberem quaisquer repasses do fundão. Para o deputado, é inconcebível que um partido tenha dívidas com a União e ainda assim receba financiamento para suas campanhas eleitorais.

A proposta agora será analisada em caráter conclusivo pelas comissões de Finanças e Tributação e de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ). Caso seja aprovada, seguirá para a votação no Plenário da Câmara dos Deputados.

Essa iniciativa gerou debates e discussões entre os parlamentares, especialmente no que diz respeito ao financiamento das campanhas eleitorais. Alguns argumentam que a medida pode ser crucial para garantir a transparência e responsabilidade financeira dos partidos políticos, enquanto outros acreditam que pode afetar a autonomia e liberdade dos partidos em receberem financiamento para suas atividades políticas.

Esta não é a primeira vez que o financiamento político é tema de debates na Câmara dos Deputados. Diversas propostas e projetos de lei têm sido apresentados ao longo dos anos, buscando reformar ou aprimorar o sistema de financiamento das atividades políticas no Brasil.

De qualquer forma, o Projeto de Lei 6123/23 de Gilson Marques coloca em evidência a importância do debate sobre a transparência e responsabilidade financeira no cenário político, buscando aprimorar os mecanismos de financiamento e garantir que os partidos políticos cumpram com suas obrigações previdenciárias antes de receberem financiamento público para suas campanhas eleitorais. A medida, se aprovada, poderia representar um avanço significativo no sentido da moralização e transparência do financiamento político no Brasil.

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