CAMARA DOS DEPUTADOS – Projeto de lei para prevenir assoreamento de rios é aprovado na Câmara dos Deputados com plano de recomposição de matas ciliares

Na manhã desta sexta-feira, 24 de maio de 2024, a Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Câmara dos Deputados aprovou um projeto de lei que visa instituir a Política Nacional de Prevenção ao Assoreamento de Rios por meio da Recomposição de Matas Ciliares e do Controle da Erosão. A mata ciliar, definida como a vegetação que acompanha os cursos d’água, desempenha um papel crucial como barreira de proteção, auxiliando na redução de inundações e deslizamentos. Por sua vez, o assoreamento representa o acúmulo de diversos materiais no leito dos rios, como terra, lixo e matéria orgânica.

O projeto aprovado, um substitutivo apresentado pelo deputado Marcelo Queiroz (PP-RJ) ao Projeto de Lei 4488/23, proposto pela deputada Maria do Rosário (PT-RS) e outros, estabelece que o governo deverá desenvolver um plano de prevenção ao assoreamento, com metas, prazos e ações específicas. Anualmente, um relatório das medidas tomadas para corrigir a degradação das matas ciliares deverá ser enviado ao Ministério Público.

Além disso, o texto prevê incentivos aos proprietários de áreas próximas a corpos d’água para que realizem a recomposição das matas ciliares e adotem práticas para controlar a erosão, como linhas de crédito específicas, benefícios fiscais e programas de educação ambiental. O projeto também propõe a criação de um cadastro nacional de áreas degradadas, ravinas e voçorocas, bem como em locais em processo de assoreamento.

Uma das determinações do projeto é que, ao conceder licenças ambientais, o Poder Público avalie a necessidade de mecanismos para reter sedimentos nos sistemas de drenagem urbana e controlar a erosão em diversas obras de infraestrutura. Marcelo Queiroz destaca a parceria com técnicos do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional para aprimorar a redação do texto.

O próximo passo para a proposta é sua análise, de forma conclusiva, pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ). A expectativa é que o projeto avance no Congresso e contribua significativamente para a preservação ambiental e o desenvolvimento sustentável do país.

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