CAMARA DOS DEPUTADOS – Projeto de Lei amplia transparência em licitações públicas e obriga divulgação de origem de verbas e vinculação com planejamento



Na última quarta-feira (20/08/2024), a Comissão de Finanças e Tributação da Câmara dos Deputados aprovou o Projeto de Lei 2408/23, que visa ampliar a transparência nas licitações públicas. A proposta determina que os órgãos públicos licitantes disponibilizem no Portal Nacional de Contratações Públicas (PNCP) informações detalhadas sobre a origem dos recursos utilizados para a contratação de obras ou serviços.

Segundo o texto aprovado, além de identificar a proveniência dos recursos, os órgãos públicos também deverão divulgar a vinculação desses recursos com os instrumentos de planejamento existentes, como os planos plurianuais. Essa divulgação deve ocorrer após a homologação do processo licitatório, etapa que confirma a legalidade da contratação. Atualmente, os órgãos licitantes têm a obrigação de divulgar apenas documentos da fase preparatória que não integraram o edital e seus anexos.

A inclusão dessa nova regra na Lei de Licitações e Contratos Administrativos, que estabeleceu o PNCP, tem como objetivo promover maior transparência e controle social sobre os gastos governamentais. O relator do projeto, deputado Luiz Philippe de Orleans e Bragança (PL-SP), ressaltou a importância da identificação da origem dos recursos em contratações públicas para a supervisão da sociedade civil.

Luiz Philippe de Orleans e Bragança recomendou a aprovação do texto, que foi proposto pela deputada Adriana Ventura (Novo-SP) e outros parlamentares. O deputado apresentou duas emendas ao projeto, uma remetendo ao governo federal a regulamentação da nova regra e outra estabelecendo um prazo de 180 dias para a medida entrar em vigor, permitindo a adaptação da administração pública brasileira.

O Projeto de Lei tramita em caráter conclusivo e ainda passará pela análise da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania. Para se tornar lei, a proposta precisa ser aprovada também pelo Senado. A expectativa é que a medida contribua para garantir mais transparência e eficiência nas contratações públicas, promovendo a fiscalização e o controle dos gastos governamentais.

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