CAMARA DOS DEPUTADOS – Projeto de Lei 2148/25 Propõe Funcionamento 24 Horas dos IMLs para Agilizar Exames Cadavéricos em Todo o Brasil

No dia 25 de agosto de 2025, a Comissão de Segurança Pública da Câmara dos Deputados deu um passo significativo ao aprovar o Projeto de Lei 2148/25. Essa proposta visa instituir diretrizes que asseguram o funcionamento contínuo dos Institutos de Medicina Legal (IMLs) em todos os estados brasileiros, uma medida que será incorporada à Lei Orgânica Nacional das Polícias Civis.

O foco central do projeto é garantir que autópsias e demais exames cadavéricos possam ser realizados a qualquer hora e em qualquer dia. Essa mudança se faz necessária, uma vez que, na prática, muitos IMLs operam apenas em horários comerciais ou em plantões limitados, o que frequentemente resulta em atrasos na liberação de corpos para necrópsia. O deputado Lucio Mosquini, autor da iniciativa, enfatiza que essa restrição impacta diretamente o trabalho das autoridades e a dignidade das famílias enlutadas.

O relator do projeto, deputado Allan Garcês, também expressou apoio à proposta, ressaltando que o Código de Processo Penal é claro ao considerar indispensável o exame de corpo de delito em casos onde há vestígios de infrações. Ele mencionou que existe um prazo mínimo de seis horas após o óbito para a realização da autópsia, o que muitas vezes não é possível devido à falta de uma diretriz nacional que regulamente o funcionamento dos IMLs.

Esse projeto, segundo Garcês, representa uma inovação legislativa que não apenas é necessária, mas urgente. Ele ressalta que a medida beneficiará diretamente os cidadãos que necessitam dos serviços prestados pelos institutos de medicina legal, assegurando um atendimento mais eficiente e humano.

Após a aprovação na Comissão de Segurança Pública, o projeto ainda passará por outras duas comissões: Finanças e Tributação, e Constituição e Justiça e de Cidadania. Ele tramita em caráter conclusivo, o que significa que, se aprovado nessas comissões, não precisará voltar para votação no plenário, a menos que haja recurso assinado por um grupo de deputados.

A proposta segue adiante no processo legislativo, com a expectativa de que a implementação da nova diretriz auxilie a melhorar os serviços prestados pelos IMLs em todo o país, refletindo em uma resposta mais ágil e digna em casos que envolvem a perda de vidas.

Jornal Rede Repórter - Click e confira!


Botão Voltar ao topo