Entre os dados que serão coletados, destacam-se a taxa de emprego formal e informal, o número de mulheres vítimas de violência, a expectativa média de vida, a taxa de mortalidade e o grau médio de escolaridade. Esses indicadores visam fornecer um panorama detalhado das condições de vida das mulheres, permitindo uma análise mais precisa das áreas que necessitam de intervenção.
De acordo com Zucco, o projeto é essencial para ampliar o conhecimento sobre as condições de vida da população feminina e, consequentemente, qualificar as ações governamentais tomadas em seu benefício. “O conhecimento concreto será fundamental para qualificar e aprofundar a melhoria das condições de vida das mulheres brasileiras”, destacou o parlamentar. Essa detalhada coleta de dados é vista como um passo decisivo para promover o acesso da mulher ao mercado de trabalho, apoiar a sua autonomia financeira, estimular o empreendedorismo feminino e garantir relações de trabalho mais equitativas.
O processo para transformar essa proposta em lei passará por várias etapas. Primeiro, o projeto será analisado em caráter conclusivo pelas comissões de Defesa dos Direitos da Mulher, de Constituição e Justiça e de Cidadania. Caso haja concordância entre as comissões, o projeto seguirá diretamente para o Senado. No entanto, se houver divergências ou se 52 deputados assinarem um recurso, a matéria será levada ao Plenário para deliberação.
Portanto, a criação desse relatório anual representa um avanço significativo no compromisso de combater a desigualdade de gênero no Brasil. A iniciativa não apenas reflete a necessidade urgente de dados precisos para a formulação de políticas públicas, mas também simboliza um esforço concreto para mudar a realidade das mulheres no país. Com o reconhecimento da desigualdade estrutural vivida pelas mulheres, esse projeto demonstra uma importante conscientização e um passo em direção a um país mais justo e igualitário.