Durante o evento, o presidente abordou a questão da Reforma Administrativa, enfatizando que a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) foi alvo de interpretações que distorceram seu real propósito. Ele destacou a importância de iniciativas infraconstitucionais para garantir a eficiência da máquina pública e ressaltou a possível implementação de medidas como a meritocracia e o estabelecimento de metas de resultados nos cargos públicos.
Motta também feceu uma análise sobre o recente anúncio do tarifaço pelo presidente americano, Donald Trump, comparando-o aos atentados terroristas de 11 de setembro. Ele alertou para as possíveis consequências desse anúncio na configuração econômica mundial e enfatizou a importância do Brasil ser mais eficiente nos gastos e na administração pública.
No que diz respeito aos incentivos fiscais concedidos no país, o presidente questionou os exageros nesse sentido e defendeu a necessidade de revisão dessas concessões, que chegam a cerca de R$ 600 bilhões. Motta ressaltou a importância do diálogo para repensar esses incentivos e enfatizou a necessidade de reduzir o tamanho do Estado para otimizar os investimentos privados no país.
Além disso, Motta fez menção ao projeto de isenção do Imposto de Renda de Pessoa Física para quem ganha até R$ 5 mil, enviado pelo governo ao Congresso, sugerindo a possibilidade de debater uma redução no Imposto de Renda da Pessoa Jurídica para estimular os investimentos das empresas. O presidente destacou a importância de discutir a reforma da renda para impulsionar a economia.
Em suma, as declarações de Hugo Motta durante o evento da Associação Comercial de São Paulo evidenciam a sua preocupação com a eficiência da máquina pública, a gestão fiscal responsável e a necessidade de repensar os incentivos fiscais e tributação no país para estimular o crescimento econômico e os investimentos.