Nesse ínterim, a situação se complica com pedidos de suspensão cautelar e investigação no Conselho de Ética para outros deputados, como Marcel van Hattem (Novo-RS) e Julia Zanatta (PL-SC). A pressão sobre o corpo legislativo se intensificou na última semana, em meio a um clima de tensão e protestos que permeiam as esferas do Congresso Nacional.
Esses protestos tiveram origem na imediata reação de deputados de oposição, que, desde a terça-feira (5), ocuparam as Mesas Diretoras da Câmara e do Senado. O motivo para tal ato de insatisfação foi a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro, gerando um clima de revolta entre os seus apoiadores. A ocupação das mesas foi um movimento deliberado para demonstrar a insatisfação e pressionar as autoridades legislativas a tomarem medidas que consideram justas.
Em resposta a esse impasse, Hugo Motta convocou uma sessão extraordinária para marcar a reintegração dos trabalhos na Câmara, logo após o recesso de meio de ano. A convocação, que ocorreu com um atraso de duas horas, foi vista como uma tentativa de restaurar a ordem e retomar a normalidade nas atividades da Casa. Durante a abertura da sessão, Motta enfatizou que “não é nas agressões que vamos resolver os problemas”, destacando a necessidade de diálogo e civilidade nas discussões políticas.
Este episódio evidencia a crise política em que o Brasil se encontra, refletindo a polarização crescente dentro do Congresso, enquanto os deputados se veem pressionados a encontrar caminhos para a convivência democrática. O desdobramento dessa situação pode significar mudanças significativas no rumo das decisões políticas e na dinâmica de poder dentro da Câmara.