Enquanto a oposição ameaça obstruir a pauta até que o texto da anistia seja incluído na agenda de votações, o governo defende a priorização de outros projetos, como a isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil e a votação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Segurança Pública.
O líder do PT, deputado Lindbergh Farias, declarou que a urgência da proposta de anistia não será colocada em votação e argumentou a favor da votação de projetos considerados mais relevantes para o país, como o PL 2088/23, que trata de medidas de reciprocidade do governo brasileiro em relação a ações de países ou blocos que dificultem o acesso de produtos nacionais em mercados estrangeiros.
Por outro lado, o líder do PL, deputado Sóstenes Cavalcante, anunciou que o partido entrará com um pedido de sustação da ação penal que corre no Supremo Tribunal Federal contra o deputado Delegado Ramagem, acusado de participar da tentativa de golpe de Estado ocorrida em 8 de janeiro de 2023.
Diante desse cenário, a Câmara dos Deputados se vê envolvida em um embate político, no qual a oposição insiste na votação da anistia, enquanto o governo e parte dos parlamentares buscam priorizar outras pautas consideradas mais urgentes e relevantes para o país.
A sessão, marcada por discursos acalorados e divergências de opiniões, reflete a complexidade do atual cenário político nacional e a intensa disputa entre diferentes interesses e agendas partidárias. A decisão sobre o destino do projeto de anistia e dos demais temas em discussão promete ser objeto de intensos debates e negociações no âmbito do Congresso nos próximos dias.