O coordenador-geral de Transição Agroecológica do Ministério de Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Cássio Murilo Trovatto, destacou a importância da Política Nacional de Agroecologia e da implantação do Programa Nacional de Redução de Agrotóxicos (Pronara) como medidas eficazes frente à atual Lei dos Agrotóxicos. Trovatto ressaltou que o Pronara pode desempenhar um papel fundamental na promoção de uma vida saudável para agricultores e agricultoras, além de impulsionar o debate sobre o uso de agrotóxicos.
Por outro lado, Eliane Ignotti, coordenadora-geral de vigilância e Saúde Ambiental do Ministério da Saúde, trouxe à tona preocupações sobre as intoxicações causadas por agrotóxicos. Nos últimos dez anos, foram registrados aproximadamente 124 mil atendimentos relacionados a casos de intoxicação, alguns deles resultantes de acidentes no ambiente de trabalho e até mesmo casos de suicídio devido ao fácil acesso a essas substâncias.
Além disso, Adriana Amaral, analista ambiental do Ministério do Meio Ambiente, alertou para a presença de resíduos de agrotóxicos no leite materno, evidenciando os impactos negativos dessas substâncias na qualidade do solo, da água e na vida de polinizadores.
A partir dessas discussões, surge a necessidade de repensar a atual legislação sobre agrotóxicos e promover políticas que visem a redução do uso dessas substâncias prejudiciais à saúde humana e ao meio ambiente. A transição para práticas agroecológicas e a conscientização dos consumidores sobre a presença de agrotóxicos nos alimentos são passos fundamentais rumo a uma agricultura mais sustentável e saudável.