CAMARA DOS DEPUTADOS – Guerra na Faixa de Gaza: debate revela alarmante número de mortes de crianças e mulheres por Israel

Na tarde de ontem, dia 25 de abril de 2024, especialistas se reuniram na Comissão de Legislação Participativa da Câmara dos Deputados para discutir a situação alarmante de mortes entre crianças e mulheres na guerra na Faixa de Gaza. O presidente da Federação Palestina no Brasil, Ualid Rabah, chocou os presentes ao relatar que em mais de 200 dias de conflito, cerca de 43 mil palestinos perderam suas vidas. O número mais preocupante é o de crianças, com quase 19 mil mortes, representando 44% do total de vítimas.

Rabah comparou a situação na Faixa de Gaza com a Segunda Guerra Mundial, afirmando que proporcionalmente, Israel mata 16,5 vezes mais crianças na Palestina do que os nazistas mataram em Auschwitz. Além das crianças, as mulheres também estão entre as maiores vítimas, totalizando 10,4 mil mortes, o que corresponde a 24,5% do total.

O embaixador da Palestina no Brasil, Ibrahim Mohamed Khalil Alzeben, reforçou a visão de que a guerra de Israel não é contra o grupo terrorista Hamas, mas sim contra a existência da Palestina como um todo. De acordo com Alzeben, o objetivo parece ser a eliminação do povo palestino, em um ato que ele classificou como um “genocídio”.

Além das mortes, a situação de fome que assola a região da Faixa de Gaza também foi abordada durante o debate. O chefe do Programa Mundial de Alimentos da ONU, Vinicius Limongi, alertou que toda a população de Gaza está nos três piores níveis de insegurança alimentar, com um risco iminente de morte para muitos. A falta de acesso à alimentação também foi destacada, principalmente na região Norte de Gaza, onde a fome tem se intensificado nos últimos meses.

O representante do Ministério das Relações Exteriores, Carlos Antunes Santos, enfatizou a posição do Brasil em relação ao conflito, defendendo o reconhecimento do Estado Palestino como um passo crucial para a paz e segurança na região. Segundo ele, essa posição é histórica e defendida pelo país desde a criação de Israel, em 1948.

Após o encerramento da audiência, houve protestos de alguns deputados, como Abilio Brunini, que pretendem realizar uma nova audiência pública para dar voz a posicionamentos divergentes. Brunini destacou a dor tanto do povo de Israel quanto dos reféns mantidos pelo Hamas, ressaltando a complexidade e urgência do cenário no Oriente Médio.

A discussão sobre a situação na Faixa de Gaza continua gerando debates acalorados e levantando questões importantes sobre a proteção dos direitos humanos e a busca pela paz em uma região marcada por conflitos históricos. A repercussão do debate na Comissão de Legislação Participativa certamente ecoará nos corredores do poder e da sociedade civil, despertando reflexões sobre a necessidade de ações efetivas para conter a tragédia humanitária em curso.

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