CAMARA DOS DEPUTADOS – Governo estuda ajustes no seguro rural do Proagro para atender demandas de pequenos agricultores após audiência na Câmara dos Deputados.



Na última quinta-feira (11), a Comissão de Agricultura da Câmara dos Deputados promoveu uma audiência pública para debater as novas regras do seguro rural do Proagro. Durante a reunião, o governo mostrou disposição para realizar ajustes a fim de minimizar as perdas dos pequenos agricultores, que têm se queixado dos limites impostos para acionar o seguro em caso de necessidade.

Uma das principais reclamações dos produtores diz respeito ao número de vezes que podem acionar o seguro em um determinado período. Atualmente, um produtor pode acionar o seguro até sete vezes em cinco anos, desde que seja o mesmo CPF. Anteriormente, era possível acionar até três vezes por cultura. A proposta é reduzir para cinco acionamentos entre 2025 e 2026.

Durante a audiência, o presidente da Associação dos Produtores de Cebola de Santa Catarina, Jelson Gesser, ressaltou a importância da diversificação na produção agrícola e como isso tem sido incentivado. Segundo ele, os produtores de Santa Catarina cultivam mais de uma lavoura em suas propriedades e sempre foram orientados a diversificar.

No entanto, Claudio Filgueiras, responsável pela área de agronegócio do Banco Central, destacou a necessidade de ajustes no programa devido aos altos custos. Em 2023, o Proagro demandou um investimento de R$ 8 bilhões por parte do Tesouro. Filgueiras citou casos de uso inadequado do programa, como um produtor que recebeu R$ 1 milhão em 41 coberturas.

O deputado Pezenti (MDB-SC) concordou com a necessidade de reduzir gastos, mas questionou os valores destinados ao Proagro em comparação com outros investimentos do governo. Ele ressaltou que houve mudanças no programa, como a redução do faturamento mínimo para enquadramento e da garantia mínima entre as safras.

Em meio às discussões, o objetivo do governo é induzir os produtores a plantarem em períodos de menor risco. As negociações continuam em andamento para buscar um equilíbrio entre a proteção aos agricultores e a racionalização dos gastos públicos.

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