De acordo com o deputado Delegado Ramagem (PL-RJ), o ex-ministro recebeu diversos alertas da Abin, totalizando 33, que se mostraram verdadeiros, uma vez que ocorreram exatamente o que foi previsto: a chegada de diversos ônibus com manifestantes com o intuito de invadir e danificar o patrimônio público. Isso coloca em evidência a responsabilidade do general nos acontecimentos do dia 8 de janeiro.
Em sua fala inicial à CPMI, o general afirmou que exerceu efetivamente uma ação de comando na segurança do Palácio do Planalto, considerando os eventos como um levante antidemocrático e um ataque inédito. Ele ressaltou que, caso fosse hoje, sua repressão teria sido mais dura, porém, fez questão de destacar que durante os acontecimentos ele se esforçou para preservar a vida dos brasileiros sem derramamento de sangue.
Enquanto os deputados da base aliada ao governo não viram indícios de omissão por parte do general, eles o criticaram por manter integrantes do governo anterior em sua equipe do GSI. A deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ) afirmou que o objetivo era acusar o general de dolo, mas que a tentativa foi frustrada. Ela destacou que o general admite a possibilidade de falhas e pede que a sindicância apure, sem implicar seus colegas de equipe.
Durante seu depoimento, o general também criticou o acampamento de manifestantes em frente ao QG do Exército, em Brasília, afirmando que isso incomodou o governo, as Forças Armadas e as forças federais de segurança.
O depoimento do general continua no plenário 2 da ala Nilo Coelho, no Senado Federal. Mais informações estão por vir sobre esse assunto.
É importante ressaltar que as informações acima foram baseadas no depoimento do general à CPMI, porém, não foram citadas as fontes específicas.