CAMARA DOS DEPUTADOS – Falta de dados sobre universitários com autismo impulsiona audiência pública na Câmara dos Deputados para discutir inclusão nas universidades.

No dia 5 de agosto de 2025, a Comissão de Defesa dos Direitos das Pessoas com Deficiência da Câmara dos Deputados promove uma audiência pública para debater o aperfeiçoamento das cotas destinadas a pessoas com deficiência nas instituições de ensino superior. O evento está marcado para às 13 horas, no plenário 13, e propõe uma interação direta entre os participantes.

Essa iniciativa foi proposta pelos deputados Amom Mandel, do Cidadania do Amazonas, e Maria do Rosário, do PT do Rio Grande do Sul. Ambos os parlamentares ressaltam que, apesar dos avanços, a inclusão de indivíduos com deficiência nas universidades brasileiras ainda enfrenta uma série de obstáculos, que vão desde as etapas iniciais da educação básica até as políticas de ingresso nas universidades.

Um dos pontos críticos levantados por Mandel e Maria do Rosário é a ausência de dados específicos sobre estudantes com autismo no ambiente acadêmico, o que, segundo eles, complica a formulação de políticas públicas que sejam verdadeiramente eficazes. A falta de estatísticas confiáveis impede a criação de estratégias de inclusão que atendam às necessidades reais desses alunos.

Os parlamentares sugerem que o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) revise e adapte suas pesquisas para refletir não apenas a realidade de estudantes em geral, mas também considerando as particularidades dos alunos com necessidades especiais. A proposta é que, com dados mais precisos, seja possível desenhar ações que promovam uma inclusão mais efetiva no ambiente universitário.

O debate em questão evidência uma preocupação crescente com a acessibilidade no ensino superior e a necessidade de um comprometimento maior por parte das instituições acadêmicas e do governo. A audiência promete ser uma oportunidade fundamental para que vozes diferenciadas possam ser ouvidas e que as experiências e desafios enfrentados por estudantes com deficiência, especialmente aqueles com autismo, ganhem visibilidade. Ao final, espera-se que essa discussão traga novas luzes para o processo de inclusão, pavimentando o caminho para um sistema educacional mais justo e acessível para todos.

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