A exposição também conta com imagens dos estragos causados ao acervo museológico e em ambientes internos e externos do Palácio do Congresso Nacional. Cada imagem possui textos descritivos com tradução para o inglês e espanhol, acessíveis por meio de QR codes. A mostra é organizada pela Diretoria Executiva de Comunicação e Mídias Digitais e pelo Centro Cultural da Câmara, e inicialmente deve permanecer em exibição até o dia 29 de março.
O secretário de Comunicação Social da Câmara, deputado Jilmar Tatto, anunciou que a intenção é que a exposição se torne permanente, para que todos possam verificar in loco o que aconteceu no fatídico 8 de janeiro. Além disso, o deputado reforçou que o ato criminoso trouxe sérios prejuízos para a cultura, depredando esculturas, tapetes, equipamentos e presentes diplomáticos.
Já a 2ª secretária da Câmara, deputada Maria do Rosário, destacou o empenho dos servidores da Casa na restauração das peças danificadas. “Cada caquinho de peça, cada pedaço de carpete, cada espaço que foi destruído foi uma agressão à institucionalidade material e imaterial do País, ao pensamento democrático brasileiro”, pontuou.
Outro importante ponto focado durante a exposição foram os objetos danificados, como os dois azulejos do painel “Ventania”, de Athos Bulcão, e oito presentes protocolares, como vasos e esculturas, que estavam expostos em vitrines do Salão Verde e foram vandalizados durante a invasão. Evenualmente, esses objetos restaurados deverão manter indefinidamente as marcas dos danos sofridos.
Além das fotografias e objetos, a exposição também lançou o livro “Restaurando a Democracia – A preservação da memória da Câmara para futuras gerações”, organizado pelo Centro de Documentação e Informação (Cedi) da Câmara. O diretor do Cedi, João Luiz Marciano, destacou a união de esforços para a recuperação das obras artísticas e o potencial da Câmara de recuperar a grande maioria das obras.
A abertura da exposição contou com a presença de diversas autoridades da Câmara, como o diretor-geral da Câmara, Celso de Barros Correia Neto, que enalteceu o trabalho dos servidores para viabilizar uma sessão do Plenário menos de 24 horas após os ataques. Cléber Machado, diretor-executivo de Comunicação, ressaltou que a união em torno da defesa da democracia é a melhor resposta possível aos ataques de 8 de janeiro.
Em síntese, a exposição “8 de Janeiro na Câmara dos Deputados” é uma forma de lembrar os danos causados pela invasão do edifício principal da Casa e garantir que o ataque à democracia não seja esquecido. O livro lançado durante o evento e o trabalho de restauração das obras danificadas reforçam o compromisso da Câmara em preservar a memória histórica e cultural do país.
