Anteriormente, o empresário havia solicitado ao Supremo Tribunal Federal para não comparecer à CPMI, porém, o ministro Dias Toffoli permitiu que ele não respondesse apenas às perguntas que o incriminassem. Durante o depoimento, Bedin optou por não responder às indagações da relatora da CPMI, a senadora Eliziane Gama (PSD-MA), sobre quantos caminhões de sua família bloquearam rodovias e se dirigiram a Brasília para participar dos protestos.
Diante das negativas do empresário, a senadora trouxe à tona um relatório da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), que indicava a presença de 272 caminhões no Distrito Federal naqueles dias, sendo 72 deles provenientes da cidade de Sorriso, no Mato Grosso, onde Bedin reside. Destes, 16 caminhões pertenciam ao empresário ou a seus familiares.
A relatora também exibiu vídeos que mostravam os bloqueios realizados pelos caminhões, os quais impediram a passagem de uma criança que necessitava de uma cirurgia de emergência no olho. Outro vídeo revelou a presença de manifestantes armados durante os protestos. Eliziane Gama chamou a atenção para o patrimônio do empresário, denominando-o de “império”, e lamentou o fato de uma trajetória construída com trabalho estar sendo finalizada com Bedin sendo investigado por incentivar atos antidemocráticos.
A CPMI prossegue em sua reunião no plenário 2 da ala Nilo Coelho, no Senado. Mais informações sobre o caso serão atualizadas posteriormente.
É importante ressaltar que, segundo informações fornecidas pelo próprio site, a reportagem foi escrita por Cláudio Ferreira e editada por Natalia Doederlein.