CAMARA DOS DEPUTADOS – Deputados recebem positivamente projeto de reforma tributária que promete simplificar a tributação e acabar com a cumulatividade dos impostos.



Na tarde do dia 03 de maio de 2024, os deputados brasileiros manifestaram de forma positiva em relação ao primeiro projeto de regulamentação da reforma tributária enviado pelo governo. O Projeto de Lei Complementar 68/24 foi bem recebido pelos parlamentares, que acreditam na sua votação ainda este ano. Diversos deputados destacaram os benefícios de produtividade que a reforma tributária promete trazer ao simplificar a tributação e eliminar a cumulatividade dos impostos sobre o consumo.

O deputado Reginaldo Lopes, do PT-MG, coordenador do grupo que elaborou o relatório da reforma e vice-líder do governo, enfatizou que o fim da incidência de imposto sobre imposto estimula a produção industrial e aumenta a competitividade do país. Segundo ele, a conexão do sistema tributário brasileiro com o de 98% das nações do mundo trará benefícios econômicos significativos, impulsionando a indústria e a economia nacional.

Já o deputado Pauderney Avelino, da União-AM, expressou a necessidade de uma análise cuidadosa do extenso texto do projeto, porém está confiante na possibilidade de sua aprovação até o final do ano. Ele acredita que a ampliação da base tributável com os novos impostos poderá resultar em uma redução da carga tributária. A ideia é que a tributação de bens imateriais, por exemplo, contribua para esse processo de diminuição dos encargos fiscais.

A reforma propõe a substituição de diversos tributos atuais, como IPI, Cofins, PIS, ICMS e ISS, por dois novos tributos similares, mas gerenciados por diferentes esferas governamentais. Além disso, está prevista a criação de um Imposto Seletivo para taxar produtos nocivos ao meio ambiente e à saúde. No entanto, a deputada Bia Kicis, do PL-DF, criticou a centralização da gestão dos tributos em um comitê gestor composto por burocratas não eleitos, o que, em sua visão, retira poder dos legisladores locais.

Outro aspecto destacado na discussão da reforma tributária foi a preocupação em garantir que os mais vulneráveis paguem menos impostos. O deputado Jilmar Tatto, do PT-SP, salientou a importância da isenção de impostos sobre produtos de primeira necessidade, beneficiando especialmente a parcela mais carente da população. No entanto, um grupo de 30 deputados se posicionou contrariamente à proposta de cesta básica do governo, apresentando um projeto alternativo com uma variedade maior de produtos contemplados.

Em meio a essas divergências e debates, fica evidente a complexidade e a importância do tema da reforma tributária, que impactará diretamente a economia e a sociedade brasileira. A expectativa é que os próximos meses sejam marcados por intensas negociações e análises para aperfeiçoar o projeto de lei e alcançar um consenso parlamentar que viabilize sua aprovação.

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