O debate, proposto pelo deputado Arnaldo Jardim (Cidadania-SP), será realizado no plenário 4, a partir das 16 horas. De acordo com o parlamentar, para cumprir o compromisso de reduzir a emissão líquida de dióxido de carbono (CO2) até 2050, as empresas de aviação terão que adotar medidas como o aumento da eficiência das aeronaves, o aprimoramento das rotas de voo, o desenvolvimento de novos sistemas de propulsão e a substituição do querosene de aviação por combustíveis sustentáveis.
Para o deputado, o Brasil possui potencial para se tornar o principal fornecedor mundial de combustível sustentável de aviação, devido aos avanços tecnológicos na produção de biocombustíveis de segunda geração. Segundo ele, o país tem investido no desenvolvimento dessas tecnologias, o que pode contribuir para a redução das emissões no setor de aviação.
A substituição do querosene de aviação por combustíveis sustentáveis é uma tendência global, com empresas de aviação se comprometendo a buscar alternativas mais limpas para suas operações. O uso de SAF é uma estratégia para reduzir a pegada de carbono da aviação, já que esses combustíveis são produzidos a partir de fontes renováveis, como o óleo de cozinha usado, por exemplo.
O debate na Comissão de Minas e Energia é importante para abrir espaço para discussões sobre a viabilidade econômica e tecnológica dos SAFs no Brasil. Além disso, é fundamental para que sejam estabelecidas diretrizes e políticas públicas que incentivem a produção e o uso desses combustíveis sustentáveis no setor de aviação.
Porém, é necessário destacar que a substituição dos combustíveis convencionais por SAFs não é uma solução única para reduzir as emissões de gases de efeito estufa na aviação. É importante que sejam adotadas outras medidas, como a melhoria da infraestrutura aeroportuária e o incentivo ao desenvolvimento de tecnologias mais eficientes e menos poluentes, como a aviação elétrica e de combustíveis de hidrogênio.
Dessa forma, o debate sobre os combustíveis de aviação sustentáveis na Comissão de Minas e Energia é um passo importante para buscar soluções que tornem o setor de aviação mais sustentável e contribuam para a redução das emissões de gases de efeito estufa. O Brasil, com seu potencial na produção de biocombustíveis, pode se destacar nesse cenário, promovendo avanços tecnológicos e se tornando referência mundial na produção de combustíveis de aviação sustentáveis.