Durante o depoimento, Glauber Braga defendeu sua posição, alegando que agiu para repelir uma injusta agressão por parte de Costenaro. O deputado mostrou vídeos em que o militante teria o abordado anteriormente em reuniões no Largo da Carioca, no Rio de Janeiro. Braga afirmou que os vídeos demonstram a proporcionalidade de sua reação diante do provocador.
Além disso, o deputado alegou ser vítima de perseguição política e fez acusações de assédio contra o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL).
O relator da representação, deputado Paulo Magalhães (PSD-BA), não fez perguntas a Glauber Braga, pois afirmou não ter visto nada nos vídeos que pudesse mudar sua opinião. Ele declarou que será fidedigno ao que ouviu e ao depoimento das testemunhas.
O desfecho do processo contra Glauber Braga, segundo o deputado Chico Alencar (Psol-RJ), que presidiu parte da reunião do conselho, só ocorrerá no próximo ano. Ele expressou preocupação com a possibilidade de um julgamento no Plenário coincidir com o processo contra Chiquinho Brazão, acusado de ser um dos mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco (Psol) e seu motorista em 2018.
Esta não é a primeira vez que Glauber Braga enfrenta problemas no Conselho de Ética. Desde 2019, o deputado já foi alvo de outras quatro representações, a última delas por agressão física contra um colega no ano passado. O relator anterior recomendou apenas uma censura verbal para Braga, o que gerou controvérsias.
O desenrolar desse caso promete continuar gerando debates e discussões nos próximos meses, acompanharemos de perto cada passo desse processo no cenário político do Brasil.