Priscilla Caroline de Sousa Brito, da Coordenação de Atenção à Saúde da Mulher do Ministério da Saúde, destacou que uma das prioridades do órgão é o combate à mortalidade materna, visando reduzir as atuais 50 mortes de mães a cada 100 mil bebês nascidos vivos. Também enfatizou a importância do acesso ao planejamento familiar, apontando a necessidade de oferecer alternativas como DIUs e implantes hormonais em todo o território nacional.
Outros pontos levantados durante o evento incluíram a necessidade de legislação para combater a violência obstétrica, que afeta principalmente as mulheres negras, e a importância de destinar emendas parlamentares para programas de saúde estruturados. Além disso, foi ressaltada a necessidade de melhorias na atenção à saúde da mulher negra, acesso a exames preventivos do câncer, vacina contra o HPV e contraceptivos, e a prevenção de doenças cardiovasculares, que são a principal causa de morte entre as mulheres.
No que se refere ao câncer de mama, Joana Jeker, do Instituto Recomeçar, cobrou a implementação das leis que garantem prazos específicos para a realização de exames diagnósticos e início do tratamento, visando salvar vidas. Além disso, políticas para combater o feminicídio e garantir a segurança das mulheres foram discutidas, ressaltando a importância da denúncia de casos de violência doméstica. A delegada Karen Langkammer destacou a necessidade de uma mobilização da sociedade para prevenir feminicídios e proteger as mulheres.
Assim, a mesa-redonda promovida pela Frente Parlamentar Mista em Defesa da Saúde das Mulheres evidenciou a urgência de ações para garantir o acesso das mulheres a serviços de saúde de qualidade e para prevenir a violência de gênero, enfatizando a importância de políticas públicas eficazes e do engajamento de toda a sociedade nesse sentido.