CAMARA DOS DEPUTADOS – Deputada Jandira Feghali Mobiliza Setor Cultural para Aprovação de Regulamentação de Serviços de Vídeo por Demanda no Brasil

Proposta de Regulamentação dos Serviços de Vídeo sob Demanda Avança na Câmara dos Deputados

Na última quarta-feira, dia 6, durante audiência pública da Comissão de Cultura, a deputada Jandira Feghali, filiada ao PCdoB do Rio de Janeiro, trouxe boas notícias sobre a regulamentação dos serviços de vídeo sob demanda no Brasil. Atualmente sob análise da comissão, o projeto de lei PL 2331/22, que também introduz uma nova modalidade de Contribuição para o Desenvolvimento da Indústria Cinematográfica Nacional (Condecine), pode ser votado diretamente pelo Plenário da Câmara.

A proposta visa modernizar e regular o mercado de streaming, um setor em franca expansão no Brasil, definindo o que se entende por serviços de vídeo sob demanda. De acordo com o texto, tais serviços são caracterizados pela disponibilização de catálogos que o usuário pode acessar em qualquer momento, seja de forma principal ou acessória, e com custos que podem variar de gratuitos a onerosos.

Jandira destacou a importância da mobilização do setor para a aprovação da regulamentação, mencionando a resistência de certos partidos que tentam dificultar o avanço do projeto na comissão. A deputada afirmou que a aprovação é viável, sugerindo que, caso não haja evolução na tramitação, o governo poderia recorrer a uma medida provisória, embora ela tenha advertido que isso demandaria um significativo replanejamento.

A proposta já recebe apoio expressivo, com personalidades do cinegrafismo e da atuação como Walter Salles e Fernanda Torres se manifestando a favor do relatório por meio de uma carta ao presidente Lula. A Condecine, conforme delineado no projeto, terá uma incidência sobre a receita bruta dos provedores de vídeo sob demanda, com alíquotas variando entre zero para pequenas empresas até 6% para aquelas com faturamento superior a R$ 96 milhões.

Outro aspecto relevante é a exigência de um catálogo mínimo de filmes nacionais, fixado em até 10%, além de um período mínimo de nove semanas para o lançamento de filmes nas plataformas após sua estreia nos cinemas.

André Sturm, presidente do Sindicato da Indústria do Audiovisual de São Paulo, comentou sobre a necessidade de proteger toda a cadeia produtiva nacional. Ele ponderou que, embora o livre mercado seja essencial, é fundamental que o Estado atue para evitar distorções, garantindo que todos tenham oportunidades iguais.

Por fim, os provedores deverão divulgar dados sobre o consumo e visualizações de obras em seus catálogos, trazendo maior transparência para o setor. A iniciativa de Jandira Feghali foi homenageada, sendo designada como a Lei Toni Venturi, em memória do cineasta brasileiro falecido em 2024. Esta proposta é um passo importante para garantir que todos os segmentos do audiovisual possam prosperar em um mercado cada vez mais competitivo.

A discussão sobre este tema é central para o futuro da indústria cinematográfica e do entretenimento no Brasil, refletindo um compromisso com a valorização da produção nacional e a construção de um ambiente de negócios mais justo.

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