Durante o evento, estudantes que se identificaram como “de direita” relataram ter sido vítimas de violência em eventos estudantis por pensar de forma diferente dos estudantes “de esquerda”. A diretora nacional da União Juventude e Liberdade, Letícia Perfeito, denunciou que desde 1985 as universidades foram dominadas por forças de extrema esquerda que impedem o debate democrático. Já o representante do Movimento Brasil Livre (MBL), João Victor Bettega, ressaltou a falta de liberdade de expressão para os alunos de direita em ambientes majoritariamente de esquerda.
Por outro lado, o diretor de relações institucionais da União Nacional dos Estudantes (UNE), Marcelo Acácio, afirmou que a entidade repudia atos de agressão e busca encontrar um consenso dentro das possibilidades reais para todos os estudantes. O ex-presidente da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), Ricardo Marcelo Fonseca, enfatizou que as universidades são espaços de debate, mas que é necessário embasamento, preparo e consistência nas argumentações.
A polarização de pensamentos também foi abordada no evento, com o gerente de Estratégia e Política da organização StandWithUs Brasil, Bruno Bimbi, destacando a importância de retomar o diálogo e substituir o xingamento pelo argumento. Bimbi também criticou os acampamentos contrários a Israel em diversas universidades do mundo, ressaltando a necessidade de evitar a demonização que pode levar a grandes tragédias na humanidade.
Em meio a diferentes opiniões e relatos de violência e intolerância nas universidades, o debate promovido buscou ressaltar a importância do respeito à diversidade de pensamento e a liberdade de expressão como pilares fundamentais para a construção de uma sociedade mais justa e democrática.