Câmara dos Deputados Decide Futuro da Prisão de Carla Zambelli Após Determinação de Alexandre de Moraes e Sua Fuga para os EUA.



Na última quarta-feira, 4 de junho de 2025, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, emitiu uma ordem de prisão preventiva contra a deputada federal Carla Zambelli, do PL-SP. A medida foi adotada após Zambelli deixar o Brasil sob a alegação de buscar tratamento de saúde, o que gerou controvérsias e complicações legais. Inicialmente, a parlamentar havia declarado que estava na Europa, mas a verdade se revelou um pouco diferente; ela embarcou para os Estados Unidos via Argentina.

A prisão de Zambelli levanta questões significativas em relação à legislação brasileira, pois, conforme a Constituição, a Câmara dos Deputados precisa decidir, por meio de uma votação de maioria absoluta — ou seja, 257 votos — se a detenção deve ser mantida ou não. Isso se torna especialmente complicado em um contexto onde Zambelli foi condenada a 10 anos de detenção por invadir sistemas do Conselho Nacional de Justiça com a ajuda de um hacker.

Essa situação não apenas endossa um momento crítico em sua carreira política, mas também pode intensificar as tensões entre o Legislativo e o Judiciário no Brasil. Recentemente, o tema da anistia aos presos envolvidos nos ataques contra as sedes dos Três Poderes, ocorridos em janeiro de 2023, já desencadeou uma série de conflitos entre essas duas esferas de poder, e a rejeição da prisão de Zambelli poderia agravar ainda mais este cenário conturbado.

Com a possibilidade de uma votação sobre sua prisão logo na primeira sessão após a ordem de Moraes, a inquietação é palpável. Para agravar a situação, Zambelli também anunciou que pedirá licença de seu mandato, um movimento que segue a linha do que foi feito por Eduardo Bolsonaro. A deputada expressou suas preocupações sobre sua segurança, alegando em coletiva que “não sobreviveria ao cumprimento da pena na cadeia” e criticou abertamente a decisão do STF.

Como desdobramentos futuros, espera-se que a Procuradoria-Geral da República (PGR) siga com seu pedido de prisão preventiva, buscando assegurar que a condenação não seja apenas uma formalidade, mas se efetive na prática. Tudo isso coloca Zambelli em um cenário delicado, com repercussões significativas tanto em sua vida pessoal quanto em seu papel na política brasileira.

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