CAMARA DOS DEPUTADOS – Cumprimento da meta fiscal de 2024 pelo governo é considerado “mais factível” por consultores da Câmara dos Deputados. Déficit estimado é de R$ 42 bilhões.

Após a análise minuciosa das receitas e despesas públicas até o mês de abril, os consultores de Orçamento da Câmara dos Deputados, Dayson Almeida, Márcia Moura e Ricardo Volpe, estão mais otimistas em relação ao cumprimento da meta fiscal estabelecida pelo governo para o ano de 2024. Segundo eles, o objetivo tornou-se “mais factível”, apesar de ainda preverem um déficit de R$ 42 bilhões neste ano.

De acordo com a nota técnica elaborada pelos consultores, o governo conseguirá cumprir a meta desde que registre um déficit de até R$ 28,8 bilhões, mesmo considerando que a meta central era o equilíbrio das contas públicas. A expectativa do governo é de um déficit de R$ 27,5 bilhões, porém, será necessário descontar as despesas com a ajuda ao Rio Grande do Sul, que já totalizavam R$ 13 bilhões até o momento da elaboração da nota técnica, em maio.

Um dos pontos de preocupação dos consultores é a possibilidade de frustração de receitas com a retomada do voto de qualidade nos julgamentos do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf), o qual permite ao representante do governo desempatar questões tributárias. A Receita Federal espera arrecadar R$ 55,6 bilhões em 2024, mas até abril apenas R$ 6 bilhões foram arrecadados.

É importante ressaltar que o relatório do governo reduziu em R$ 10,4 bilhões a estimativa de arrecadação líquida de transferências e aumentou em R$ 26 bilhões a previsão de despesa primária. Os consultores alertam que, embora as projeções para as despesas primárias estejam adequadas, as estimativas de receita ainda são consideradas otimistas.

Diante desse cenário, a equipe de consultores da Câmara dos Deputados continua acompanhando de perto a evolução das contas públicas e reforça a importância de um gerenciamento cuidadoso dos recursos para garantir o cumprimento das metas fiscais estabelecidas para o ano de 2024. A transparência e o controle rigoroso das finanças públicas serão fundamentais para assegurar a estabilidade econômica do país.

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