Dentre as acusações que serão analisadas pelo Conselho, destaca-se a representação 9/23 apresentada pelo PL contra a deputada Célia Xakriabá (Psol-MG). O partido pede a punição da deputada por ter ofendido parlamentares que votaram a favor do projeto do marco temporal de terras indígenas, durante uma sessão no Plenário da Câmara em maio.
Além disso, serão analisadas outras representações relacionadas à mesma votação do marco temporal. A representação 10/23, apresentada pelo PL contra a deputada Sâmia Bomfim (Psol-SP), e a representação 13/23, apresentada pelo PL contra a deputada Fernanda Melchionna (Psol-RS). Ambos os deputados são acusados de desentendimentos durante a votação do projeto.
Outra acusação que será discutida é a representação 16/23 protocolada pelo PL contra o deputado Marcon (PT-RS). O partido alega que o deputado faltou com o decoro durante uma reunião da Comissão de Trabalho, ao questionar a facada desferida contra o ex-presidente Jair Bolsonaro em 2018.
Também será analisada a representação 17/23 apresentada pelo PL contra o deputado Glauber Braga (Psol-RJ). O partido acusa Braga de ter feito um comentário ofensivo em relação ao presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, durante uma discussão com o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) em uma reunião na Comissão de Relações Exteriores.
Outras acusações que serão discutidas são a representação 18/23 protocolada pelo Psol contra o deputado Abilio Brunini (PL-MT), a representação 19/23 apresentada pelo PT contra o deputado André Fernandes (PL-CE) e a representação 20/23 protocolada pelo Psol contra o deputado Ricardo Salles (PL-SP).
A reunião do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar terá a presença de deputados que irão apresentar seus pareceres sobre cada caso, como o deputado Paulo Magalhães (PSD-BA), o deputado Gutemberg Reis (MDB-RJ), o deputado Alex Manente (Cidadania-SP), o deputado Bruno Ganem (Podemos-SP), o deputado Albuquerque, o deputado Mário Heringer (PDT-MG), o deputado Acácio Favacho (MDB-AP) e o deputado Gabriel Mota (Republicanos-RR).
Após a reunião do Conselho, os pareceres serão divulgados e a votação dos processos disciplinares referentes às acusações poderá ser realizada em até dois dias, em votação secreta no Plenário da Câmara dos Deputados. As punições para os deputados podem variar desde censura oral até a perda do mandato.
É importante ressaltar que todos os pareceres ainda não foram divulgados pelos deputados responsáveis, portanto, os desdobramentos dessas acusações serão conhecidos posteriormente.









