CAMARA DOS DEPUTADOS – Comissão inicia análise de propostas de mudança no STF, adiando votação para a próxima semana em esforço concentrado.

No dia 27 de agosto de 2024, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados deu início à análise de quatro propostas que visam alterar regras relacionadas ao Supremo Tribunal Federal (STF). Durante a reunião, presidida pela deputada Caroline de Toni, foram lidos os pareceres dos relatores de cada uma das propostas, porém, pedidos de vista adiaram a discussão e votação dos textos para a próxima semana de esforço concentrado da Câmara, prevista para setembro.

Parlamentares favoráveis ao governo acusaram a oposição de buscar vingança contra o STF, enquanto deputados explicaram que o objetivo é garantir a harmonia entre os poderes da República.

Uma das propostas em análise, a PEC 8/21, visa limitar as decisões monocráticas no STF e em outros tribunais superiores. O relator, deputado Marcel van Hattem, recomendou a aprovação do texto, citando como exemplo um caso de 2014 em que uma liminar concedeu auxílio-moradia a juízes, sendo revogada apenas quatro anos depois.

Outro projeto em pauta, o PL 658/22, estabelece novos critérios para crime de responsabilidade de ministros do STF, incluindo a manifestação sobre processos pendentes de julgamento. O relator, deputado Gilson Marques, acrescentou outras hipóteses ao texto, como violar a imunidade parlamentar e usurpar as competências do Poder Legislativo.

Além disso, um terceiro projeto, o PL 4754/16, propõe o impeachment de ministros do STF que usurparem competências do Congresso Nacional. O parecer foi apresentado pelo deputado Alfredo Gaspar e inclui a divulgação de opiniões sobre processos pendentes de julgamento e a violação da imunidade parlamentar como crimes de responsabilidade.

Por fim, a PEC 28/24, analisada com parecer favorável do deputado Luiz Philippe de Orleans e Bragança, permite ao Congresso Nacional suspender decisões do STF. O autor da proposta, deputado Reinhold Stephanes, ressalta a importância de evitar abusos por parte da Corte.

Apesar das polêmicas e acusações de vingança, a presidente da CCJ, deputada Caroline de Toni, destacou a necessidade de discutir os excessos do Poder Judiciário para garantir a autonomia do Legislativo. As propostas devem ser retomadas na próxima semana de esforço concentrado.

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