No dia 26 de setembro, a comissão especial sobre transição energética da Câmara dos Deputados realizará um debate acerca do desenvolvimento de uma avaliação ambiental estratégica para a produção de hidrogênio sustentável. A discussão foi solicitada pelo presidente e relator da comissão, os deputados Arnaldo Jardim (Cidadania-SP) e Bacelar (PV-BA), respectivamente.
O debate acontecerá no plenário 3, às 14h30.
O hidrogênio é amplamente utilizado no mundo e pode ser obtido de várias fontes, sendo classificado de acordo com sua procedência. O hidrogênio cinza ou marrom, por exemplo, é obtido através da queima de combustíveis fósseis, e é altamente poluente. Já o hidrogênio azul é obtido por meio de técnicas de captura de carbono, e o hidrogênio verde ou sustentável é gerado a partir de fontes renováveis de energia.
Arnaldo Jardim e Bacelar acreditam que o Brasil tem um grande potencial para produzir hidrogênio sustentável em larga escala, e por isso é necessário desenvolver políticas públicas que auxiliem o processo de licenciamento desses projetos.
Durante a reunião de instalação do grupo, realizada em maio, Arnaldo Jardim ressaltou a importância da pauta verde e afirmou que é fundamental que o Brasil se torne um protagonista nessa área.
Segundo centros de pesquisa e agências internacionais de energia, o hidrogênio tem a previsão de se tornar a principal commodity energética do mundo a partir de 2030, superando o petróleo. No entanto, alguns especialistas destacaram que o mercado brasileiro ainda é pequeno e apresenta custos elevados.
Outros debatedores ouvidos ressaltaram que a produção de hidrogênio combustível no Brasil deve ter como objetivo a redução das emissões de gases do efeito estufa, independentemente da matéria-prima e da tecnologia utilizada. O diretor da Empresa de Pesquisa Energética, vinculada ao Ministério de Minas e Energia, Giovani Machado, também afirmou que focar apenas no hidrogênio verde pode ser limitador.
O debate sobre a produção de hidrogênio sustentável é de extrema relevância para o Brasil, já que o país possui recursos naturais capazes de impulsionar esse mercado. Com a implementação de políticas públicas adequadas e o incentivo à pesquisa e desenvolvimento nessa área, o Brasil pode se destacar como líder mundial na produção de hidrogênio sustentável, contribuindo assim para a transição energética global.