O foco do debate era investigar as consequências das operações policiais recentes que revelaram a presença do Primeiro Comando da Capital (PCC) em áreas como fundos de investimento, fintechs e redes de combustíveis, movimentando quantias expressivas que podem chegar a bilhões de reais. O cancelamento da audiência frustra as expectativas de aprofundar a discussão sobre o tema, considerado crítico para a segurança econômica do país.
Além de discutir a atuação do PCC, a audiência tinha o intuito de identificar eventuais falhas na regulação desses setores, propor novas medidas de inteligência e debater soluções legislativas que visem a contenção da expansão do crime organizado. A preocupação é que, ao permitir que organizações criminosas dominem instrumentos financeiros e cadeias de abastecimento estratégicas, a capacidade do Estado de regular a economia e de arrecadar tributos seja seriamente comprometida.
Capitão Alberto Neto expressou sua preocupação com a situação ao afirmar que a presença do crime organizado em áreas tão sensíveis representa uma ameaça à estrutura econômica do país. Ele destacou a necessidade de um acompanhamento rigoroso e de ações efetivas para mitigar os impactos que essa infiltração pode ter sobre o sistema financeiro nacional e sobre a economia como um todo.
O adiamento da audiência levanta questões sobre a urgência em tratar desse tema, que se mostra cada vez mais premente diante das dificuldades enfrentadas pelas instituições para conter a ação de grupos criminosos que, utilizando mecanismos sofisticados, conseguem se infiltrar em setores que deveriam promover o desenvolvimento econômico e a segurança financeira.