CAMARA DOS DEPUTADOS – Comissão de Segurança Pública aprova criação de fundo com recursos de crimes de lavagem de dinheiro para Forças de Segurança Pública.


A Comissão de Segurança Pública da Câmara dos Deputados aprovou um projeto de lei que visa criar um Fundo Nacional destinado às Forças de Segurança Pública das Unidades da Federação, conhecido como Funreseg. Esse fundo seria financiado com recursos apreendidos em crimes de lavagem de dinheiro e seria gerido pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública.

O substitutivo apresentado pelo relator, deputado Delegado Paulo Bilynskyj, para o Projeto de Lei 2547/23, de autoria do deputado Eriberto Medeiros, obteve aprovação. Segundo o relator, a repressão a crimes financeiros se dá por meio da “asfixia financeira”, ou seja, pela retirada de bens e valores adquiridos de forma ilícita.

O deputado Delegado Paulo Bilynskyj explicou que, com a alteração na Lei de Lavagem de Dinheiro, o Funreseg receberia apenas os bens, direitos e valores relacionados a crimes cuja perda tenha sido declarada judicialmente em favor da União. Competiria aos estados e ao Distrito Federal a gestão dos itens em seu benefício.

De acordo com o substitutivo, os recursos do Funreseg seriam divididos igualmente entre várias instituições, incluindo a Polícia Militar, Polícia Civil, Corpo de Bombeiros Militar, Polícia Rodoviária Federal, Polícia Federal, Polícia Penal Estadual, Polícia Penal Federal e Guarda Municipal. Estas duas últimas corporações não eram mencionadas na versão original do projeto.

A distribuição desse dinheiro seria proporcional à atuação das forças de segurança nos estados, considerando o número de investigações e apreensões realizadas, além do efetivo policial e do contingente populacional. No caso da Guarda Municipal, uma regulamentação posterior seria necessária para identificar os critérios de elegibilidade.

O Funreseg teria como objetivo fortalecer as forças de segurança pública no combate à lavagem de dinheiro e ao crime organizado, por meio da aquisição de equipamentos, tecnologias, treinamento e capacitação. O texto também determina que anualmente seja feita uma prestação de contas ao Ministério Público.

O deputado Eriberto Medeiros, autor do projeto, destacou que essas medidas contribuiriam para um reforço orçamentário e para o aprimoramento das atividades de segurança pública, permitindo uma atuação mais efetiva contra a lavagem de dinheiro.

No momento, o projeto está em tramitação e ainda precisa ser analisado pelas comissões de Finanças e Tributação, assim como de Constituição e Justiça e de Cidadania.

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