Segundo o deputado Sérgio Souza (MDB-PR), a mudança proposta pelo Ministério da Agricultura pode acarretar em grandes prejuízos para os produtores, uma vez que a menor umidade dos grãos pode provocar a deterioração e aumento da incidência de patógenos na produção de sementes. Além disso, a redução da umidade pode resultar em uma maior deiscência, que é a abertura natural da vagem de soja, causando uma acentuada redução na qualidade do produto final.
De acordo com o parlamentar, a soja colhida com umidade entre 13% e 14% apresenta menos problemas de danos mecânicos e latentes nos grãos. Portanto, a proposta de redução do teor de umidade preocupa os produtores e parlamentares ligados ao setor.
Sérgio Souza ressalta a importância de estabelecer metas e padrões factíveis que se adequem à realidade produtiva do país, buscando conciliar os interesses nacionais e evitando a perda de competitividade da produção brasileira. O deputado destaca que o setor agrícola no Brasil já enfrenta vários obstáculos relacionados ao chamado “Custo Brasil”, e que a imposição de normas mais rígidas pode agravar ainda mais a situação.
O debate sobre a proposta de alteração do Padrão Oficial de Classificação da Soja está agendado para acontecer às 10 horas, no plenário 6 da Câmara dos Deputados. A discussão promete ser acalorada, com defensores e opositores apresentando argumentos e dados que embasem suas posições em relação à proposta do Ministério da Agricultura.
A população e os produtores rurais aguardarão com atenção o desdobramento desse debate e as possíveis decisões que serão tomadas a respeito do teor de umidade dos grãos de soja, um assunto de extrema importância para o agronegócio brasileiro.