CAMARA DOS DEPUTADOS – Comissão da Câmara dos Deputados aprova projeto de lei que restringe ordem judicial para remoção de conteúdo em redes sociais.



Na última quarta-feira, a Comissão de Comunicação da Câmara dos Deputados aprovou um projeto de lei que estabelece critérios rigorosos para a indisponibilidade de conteúdo em redes sociais com base na violação da liberdade de expressão. Segundo o relator, deputado Silas Câmara, a ordem judicial que determinar a remoção de conteúdo ou a suspensão de perfis de usuários deve ser motivada e pública, sob pena de nulidade.

O projeto, um substitutivo ao PL 1329/24 apresentado pelo deputado Alberto Fraga, tem como objetivo garantir que os fundamentos das ordens judiciais sejam transparentes, evitando abusos de poder. Silas Câmara enfatizou que a retirada de conteúdo das redes sociais deve ser uma exceção, só realizada com justificativas robustas.

Além disso, o texto propõe que qualquer ordem judicial que obrigue um provedor de rede social a assumir a responsabilidade pela remoção de conteúdo seja considerada nula. Essa medida visa evitar que os provedores sejam coagidos a agir como censores da internet.

O projeto agora será avaliado pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania da Câmara dos Deputados, em um processo de tramitação que pode levar à aprovação da lei. Para que a legislação entre em vigor, será necessário que o projeto seja aprovado tanto na Câmara quanto no Senado Federal.

Essa iniciativa visa proteger a liberdade de expressão na internet, equilibrando a necessidade de garantir um ambiente online seguro e livre de abusos. A transparência nas ordens judiciais relacionadas ao conteúdo das redes sociais é essencial para garantir que as liberdades individuais sejam preservadas.

Portanto, o projeto representa um avanço importante na proteção dos direitos dos usuários de redes sociais e na promoção da liberdade de expressão na internet. É aguardado com expectativa o desdobramento desse processo legislativo e sua possível contribuição para um ambiente virtual mais democrático e inclusivo.

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