Em setembro de 2019, a Polícia Federal indiciou 13 pessoas, entre funcionários da Vale e da Tüv Süd, empresa alemã contratada pela Vale para avaliar a barragem em Brumadinho. Cinco anos após a tragédia, Pedro Aihara, que atuou como bombeiro no resgate das vítimas, destaca a falta de responsabilização direta dos envolvidos e a busca por justiça que permanece inconclusiva e frustrante.
A reparação dos danos coletivos tem ocorrido principalmente por meio de um acordo judicial firmado em 2021 entre a Vale, o governo de Minas Gerais e o Poder Judiciário. No entanto, as indenizações individuais e trabalhistas ainda são objetos de negociação e algumas vítimas optaram por mover ações judiciais próprias por não se sentirem contempladas.
A empresa alemã Tüv Süd tem sido excluída de todas as decisões e negociações de indenização no Brasil, e em outubro de 2019, uma ação judicial foi iniciada na Justiça alemã. A falta de punição aos responsáveis e a fragilidade das regulamentações e fiscalizações são apontadas como alertas importantes destacados por Pedro Aihara.
A busca por justiça e a reparação dos danos continuam sendo desafios persistentes para as vítimas e suas famílias em meio à lembrança dolorosa de uma das maiores tragédias ambientais e humanas do país. Ainda há um longo caminho a percorrer para que a justiça seja efetivamente alcançada e que as lições desse triste episódio sejam aprendidas e aplicadas de maneira preventiva.