CAMARA DOS DEPUTADOS – Comissão aprova incentivo à diversidade étnica em empresas de cosméticos: relatora destaca importância da equidade racial para inclusão.



A Comissão de Direitos Humanos, Minorias e Igualdade Racial da Câmara dos Deputados aprovou, no último mês de dezembro, um projeto de lei que visa instituir o Programa de Incentivo à Diversidade Étnica e Racial (Pider) para empresas do ramo de cosméticos, perfumaria e higiene voltados para a população negra. Além disso, a proposta também contempla a criação do “Selo Empresa pela Igualdade Étnica e Racial”, que tem o objetivo de reconhecer e incentivar práticas empresariais comprometidas com a promoção da diversidade étnica e racial.

O substitutivo apresentado pela relatora do projeto, deputada Daiana Santos, ao Projeto de Lei 1042/22 proposto pelas deputadas Lídice da Mata e Bira do Pindaré, foi aprovado pela comissão. Este substitutivo removeu os incentivos fiscais específicos previstos no projeto original, o que, de acordo com a relatora, foi uma medida necessária para garantir uma política pública equilibrada e sustentável, que não dependa exclusivamente de benefícios fiscais para promover a inclusão da diversidade nos setores empresariais.

A deputada enfatizou a importância da equidade ser uma prática obrigatória e ressaltou que, em um contexto onde a sustentabilidade fiscal é essencial, as políticas de inclusão não devem comprometer o equilíbrio orçamentário. Ela destacou que a proposta incentiva as empresas a adotarem práticas que valorizem a diversidade étnico-racial brasileira, contribuindo para ambientes de trabalho mais inclusivos e para promover a representatividade nos produtos e campanhas publicitárias.

Entre as diretrizes do Pider estão a criação de incentivos à pesquisa e inovação tecnológica relacionadas a produtos destinados à população negra, incentivos à participação de micro e pequenas empresas em pesquisas relacionadas a esses produtos, além da realização de campanhas de conscientização sobre a importância de linhas de produtos voltadas para a população negra.

O projeto ainda precisa passar pelas comissões de Finanças e Tributação, bem como de Constituição e Justiça e de Cidadania, antes de ser votado em plenário. Para se tornar lei, o programa proposto precisa ser aprovado tanto pela Câmara dos Deputados quanto pelo Senado.

Jornal Rede Repórter - Click e confira!


Botão Voltar ao topo