CAMARA DOS DEPUTADOS – Comissão aprova estratégia para detecção precoce de sinais de risco de TEA no SUS, sem confundir com diagnóstico. Projeto aguarda análise das comissões de Saúde e de Constituição e Justiça.



A Comissão dos Direitos das Pessoas com Deficiência aprovou uma importante estratégia para detectar sinais de risco relacionados ao transtorno do espectro autista (TEA) em pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS). A proposta, que inclui a oferta de instrumentos padronizados e cientificamente comprovados para a triagem em formato impresso e eletrônico, visa melhorar o atendimento e a detecção precoce do TEA.

De acordo com o Projeto de Lei 2594/24, do deputado Marx Beltrão (PP-AL), com emenda da relatora, deputada Missionária Michele Collins (PP-PE), os instrumentos de triagem serão acessíveis para pais, responsáveis ou cuidadores, com orientações claras de que os resultados não equivalem a um diagnóstico de TEA. Caso haja dúvidas ou o resultado seja positivo, é recomendado buscar atendimento presencial no serviço de atenção primária à saúde.

A relatora ressaltou a importância de diferenciar a detecção de sinais de risco do diagnóstico do TEA, para evitar sobrecarregar os meios públicos e privados que amparam as pessoas com deficiência. Ela destacou que a população deve entender que a detecção de sinais de risco é apenas um primeiro passo e não substitui o diagnóstico feito por profissionais de saúde especializados.

Além disso, o projeto determina que os instrumentos de triagem possam ser disponibilizados avulsos ou junto à carteira de vacinação, e que, no formato eletrônico, os resultados e orientações sejam apresentados imediatamente após o preenchimento online. Crianças com resultado positivo terão prioridade no agendamento de avaliação com profissionais de saúde, e os pais serão informados sobre a possibilidade de pedir assistência em saúde mental e sobre as políticas públicas disponíveis.

A proposta agora seguirá para análise das comissões de Saúde e de Constituição e Justiça e de Cidadania, antes de ser votada por deputados e senadores para se tornar lei. Esta iniciativa representa um avanço significativo na área da saúde, visando garantir um diagnóstico precoce e o acesso ao tratamento adequado para pessoas com TEA.

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