CAMARA DOS DEPUTADOS – Comissão aprova criação de salas sensoriais adaptáveis para alunos com autismo nas escolas, promovendo inclusão e desenvolvimento eficiente em instituições de ensino.

No dia 8 de julho de 2025, a Comissão de Defesa dos Direitos das Pessoas com Deficiência da Câmara dos Deputados deu um passo significativo ao aprovar um projeto de lei que visa a criação de salas sensoriais adaptáveis para alunos com Transtorno do Espectro Autista (TEA) em escolas de educação básica e superior. A proposta, que tramita sob o nome de Projeto de Lei 3098/24, busca garantir um ambiente educativo mais inclusivo e acessível para esses estudantes, assegurando que suas necessidades específicas sejam atendidas.

Os novos espaços, conhecidos como salas sensoriais, devem respeitar rigorosas normas de acessibilidade e segurança. A proposta delineia três categorias principais de salas, cada uma com um propósito distinto: a Sala Sensorial de Regulação, desenhada para alunos hipersensíveis, com foco na redução de estímulos; a Sala de Estimulação, voltada para aqueles hipossensíveis, oferecendo um ambiente que promove o desenvolvimento através de estímulos aumentados; e a Sala de Integração Lúdica, que terá como objetivo proporcionar experiências sensoriais recreativas a todos os alunos com TEA.

A gestão dessas salas poderá ser realizada por meio de parcerias entre entidades públicas e privadas, reforçando a importância da colaboração nesse processo. A supervisão dos ambientes será atribuição exclusiva de profissionais capacitados, como terapeutas ocupacionais, psicólogos e pedagogos, garantindo que as intervenções aplicadas estejam alinhadas às melhores práticas no atendimento às necessidades dos alunos.

O relator da proposta, deputado Amom Mandel, do Cidadania-AM, destacou que a aprovação se deu por meio de um substitutivo que incorpora elementos de um segundo projeto de lei apensado, eliminando redundâncias e reorganizando o conteúdo apresentado. Essa reorganização visa tornar o texto mais compreensível, dividindo-o de forma lógica entre definições, objetivos e aspectos operacionais.

Ainda há mais etapas pela frente antes da proposta se tornar lei. O texto será submetido ao crivo das Comissões de Educação, Finanças e Tributação, e de Constituição e Justiça e de Cidadania, em um processo de tramitação a caráter conclusivo. Para que a proposta se transforme em lei, é necessário que seja aprovada tanto pela Câmara dos Deputados quanto pelo Senado Federal. Essa iniciativa representa um avanço importante na inclusão e no reconhecimento da diversidade das necessidades educacionais de alunos com TEA, preparando o caminho para um futuro mais equitativo nas instituições de ensino.

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