CAMARA DOS DEPUTADOS – Comissão altera proposta de destinação de emendas para catástrofes visando também a prevenção de desastres naturais.

Na tarde desta terça-feira (28), durante uma audiência pública da comissão especial que analisa a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 44/23, o relator da proposta, deputado Gilson Daniel (Pode-ES), anunciou que pretende modificar o texto para destinar 5% das emendas orçamentárias parlamentares não apenas para o enfrentamento de catástrofes e emergências naturais, mas também para a prevenção de desastres.

A decisão foi tomada após o parlamentar concordar com sugestões feitas por representantes dos ministérios do Planejamento, Orçamento e Gestão, e da Integração e do Desenvolvimento Regional. O subsecretário de Programas de Infraestrutura da Secretaria de Orçamento Federal do Ministério do Planejamento, Zarak Ferreira, sugeriu que os recursos sejam direcionados para a área de prevenção de desastres e não apenas para a resposta imediata.

O deputado Gilson Daniel ressaltou a importância das sugestões apresentadas, destacando que os recursos atuais são insuficientes para ações de prevenção, mitigação e preparação. Ele assegurou que no parecer final da PEC serão incluídas medidas não apenas de prevenção, mas também de preparação e mitigação.

Além disso, a diretora do Departamento de Articulação e Gestão da Secretaria Nacional de Defesa Civil do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional, Karine da Silva Lopes, manifestou apoio à proposta e defendeu que os recursos sejam direcionados para o Fundo Nacional para Calamidades Públicas, Proteção e Defesa Civil (Funcap).

O deputado Bibo Nunes (PL-RS), autor da PEC, destacou que a proposta não mexe no Orçamento e conta com o apoio do presidente da Câmara, Arthur Lira. A expectativa é que a PEC represente um marco para a transferência de recursos fundo a fundo para estados e municípios, fortalecendo ações de prevenção, preparação e mitigação de desastres.

Com as alterações propostas, a PEC 44/23 ganha contornos mais abrangentes e estratégicos, visando não apenas a resposta a desastres, mas também a redução dos riscos e a promoção de uma cultura mais preventiva em relação aos eventos climáticos e ambientais. Agora, cabe aguardar a evolução da tramitação da proposta para acompanhar de perto os desdobramentos dessa importante iniciativa legislativa.

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