Durante o debate, foi destacado o potencial da TV 3.0, cujo padrão tecnológico deverá ser definido pelo governo federal até o final do ano. Essa nova geração de televisão promete uma convergência entre a TV tradicional e a internet, com uma qualidade de imagem quatro vezes maior, além de um som imersivo mais próximo da realidade. A TV 3.0 representará um avanço na forma de consumo, semelhante ao que é feito nos smartphones, com a substituição de canais por aplicativos que interagem com outras funcionalidades dos dispositivos.
Marcelo Moreno, professor de ciência da computação da Universidade Federal de Juiz de Fora, apresentou o estado atual de desenvolvimento do protótipo da TV 3.0. Ele ressaltou que a nova tecnologia não exigirá conexão com a internet para operar, mas a interatividade completa dependerá da conectividade dos receptores. A previsão é que as emissoras estejam aptas a transmitir na nova tecnologia até a Copa do Mundo de 2026.
Além disso, foram apresentados protótipos de participação desenvolvidos pela Câmara dos Deputados, como o Plenário Fácil e as audiências interativas, que utilizam inteligência artificial para interagir com a população. A jornalista Daniela André, coordenadora de um grupo multidisciplinar, destacou o propósito de promover a educação política e ampliar a cidadania por meio da TV 3.0.
O evento reforçou a importância do trabalho conjunto entre profissionais de comunicação e tecnologia da informação para o desenvolvimento dos atributos das novas tecnologias. Os palestrantes enfatizaram o potencial ainda desconhecido das tecnologias emergentes e da internet mais inteligente e rápida. A inteligência artificial se mostra como uma ferramenta promissora para a interação do público e a obtenção de insights sobre projetos de lei.
Em resumo, o debate na Câmara dos Deputados mostrou que a TV 3.0 e a Web 3.0 têm o potencial de revolucionar a participação social no legislativo, promovendo uma interatividade mais próxima e efetiva entre os cidadãos e os órgãos governamentais. O futuro da comunicação e da participação cidadã promete ser cada vez mais tecnológico e inovador.
