CAMARA DOS DEPUTADOS – Câmara dos Deputados Suspende Decreto de Desapropriação de Terras no Quilombo de Arvinha em Proposta para Proteger Pequenos Agricultores.



Câmara dos Deputados Aprova Suspensão de Decreto que Autoriza Desapropriação de Terras no RS

Na tarde de 9 de maio de 2025, a Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural da Câmara dos Deputados tomou uma decisão significativa ao aprovar o Projeto de Decreto Legislativo (PDL) 364/24. Essa proposta tem como objetivo suspender um decreto presidencial que autoriza a desapropriação de áreas particulares situadas no território do Quilombo de Arvinha, entre os municípios de Coxilha e Sertão, no estado do Rio Grande do Sul. A iniciativa partiu do deputado Alceu Moreira, representante do MDB-RS.

Durante a discussão, Moreira destacou que o Decreto 12.186/24, que fundamenta a desapropriação, prejudica diretamente pequenos agricultores que residem de forma legítima nas terras ameaçadas. Ele enfatizou que todos os proprietários daquela região possuem registros válidos de seus imóveis, o que legitima sua permanência.

A relatora do projeto, a deputada Daniela Reinehr, do PL-SC, expressou suas preocupações em relação à fundamentação técnica utilizada para justificar a desapropriação. Ela questionou a validade de um laudo antropológico que não se embasava em critérios objetivos, alertando que a subjetividade desse relatório poderia comprometer os direitos dos pequenos proprietários. Reinehr destacou a importância de respeitar as famílias que ocupam a área desde antes da decisão governamental.

Em sua declaração, Reinehr acusou o governo de um possível revanchismo contra o setor agrícola do Brasil, sugerindo que a administração está favorecendo invasões de terras e buscando implementar a propriedade coletiva de forma indiscriminada. “Estamos prontos para agir em defesa daqueles que trabalham e produzem para sustentar a Nação. Este Parlamento está atento à importância do nosso produtor rural, seja ele grande, médio ou pequeno”, enfatizou.

De acordo com as informações governamentais, a desapropriação de 388,7 hectares será destinada à comunidade quilombola local, composta por 33 famílias.

O próximo passo para a proposta será a análise na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, antes de seguir para votação no Plenário. Para que o PDL entre em vigor, ele precisa ser aprovado tanto pela Câmara quanto pelo Senado. Essa tramitação destaca a relevância do debate sobre a propriedade de terras e as garantias de direitos para agricultores em todo o Brasil.

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