Em resposta a essa ação internacional, o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, do Republicanos da Paraíba, manifestou-se veementemente em suas redes sociais. Ele deixou claro que o Brasil, enquanto país soberano, não deve endossar nenhum tipo de sanção imposta por nações estrangeiras a membros de quaisquer dos Poderes constituídos do país. Para ele, a democracia brasileira é fundamentada na harmonia e na independência entre o Executivo, o Legislativo e o Judiciário, um princípio amplamente consagrado na Constituição.
A decisão americana teve grande repercussão, especialmente considerando que, embora já tenha sido usada em outras regiões, como na Venezuela, nunca antes havia sido aplicada a um membro da mais alta corte do Brasil. Essa medida gerou um debate acalorado sobre a autonomia do Judiciário e a interferência de governos estrangeiros em assuntos internos do país.
Alexandre de Moraes, em conversas com interlocutores, indicou não possuir contas ou ativos nos Estados Unidos, o que levanta questionamentos sobre o impacto real das sanções em sua vida pessoal e profissional. Mesmo assim, a decisão americana é vista como uma tentativa de pressionar determinados atores políticos em um ambiente já polarizado.
Motta, ao finalizar sua nota de repúdio, enfatizou a importância do diálogo e do equilíbrio dentro da Câmara dos Deputados, reafirmando sua postura em defesa das instituições brasileiras, especialmente em tempos de incerteza e desafios diplomáticos. Essa situação não apenas acirra os ânimos no cenário político, mas também coloca em evidência a complexa relação entre o Brasil e os Estados Unidos, além da autonomia do Judiciário brasileiro frente a ações externas.