Durante a sessão, a deputada Dandara (PT-MG) chamou a atenção para as desigualdades existentes no país, citando estatísticas que evidenciam a disparidade entre negros e brancos em diversas áreas. Ela mencionou que o salário médio dos negros é 42% menor que o dos brancos e que a maioria das vítimas de feminicídio são mulheres negras. Além disso, a deputada destacou a sub-representação dos negros na política, apesar do aumento no número de candidatos pretos e pardos nas eleições.
Atualmente, a bancada negra na Câmara dos Deputados conta com 135 parlamentares, mas Dandara ressaltou a importância de combater a “afroconveniência” e garantir a representatividade real dos negros no cenário político. Ela também enfatizou a importância das cotas raciais em diversos espaços, como nas universidades, onde é fundamental garantir a bolsa de assistência estudantil.
O deputado Vicentinho (PT-SP) compartilhou sua trajetória até chegar à Câmara e enfatizou que, apesar dos desafios enfrentados pelos negros, é possível alcançar diversos objetivos na sociedade brasileira por meio da luta e da superação de obstáculos. Ele também defendeu a criação de uma Secretaria de Igualdade Racial na Câmara para auxiliar os trabalhos da bancada negra.
Por fim, a vereadora Juhlia Santos, do Psol, ressaltou a importância do reconhecimento dos territórios quilombolas no país, destacando que apenas 143 foram titulados em 2023. A luta pela igualdade racial e pela valorização da cultura afrodescendente continua sendo um desafio no Brasil, e a sessão solene na Câmara dos Deputados foi mais um espaço para debater e promover a conscientização sobre a temática.