A neuroarquitetura é uma disciplina que investiga como os ambientes construídos influenciam nossas experiências, comportamentos e, mais crucialmente, nossa saúde mental e bem-estar. De acordo com Erika Kokay, fatores como cores, iluminação, sonoridade e o design dos espaços têm um impacto profundo e, muitas vezes, subestimado na nossa psicologia.
“A neuroarquitetura nos ensina que elementos específicos de um ambiente – desde as cores e iluminação até a sonoridade e o design dos espaços – têm efeitos profundos sobre nossa saúde mental e bem-estar,” explica Kokay. A deputada destaca a possibilidade de criar espaços urbanos e interiores que potencializem a criatividade, promovam o bem-estar e até mesmo acelerem a recuperação de pacientes em ambientes hospitalares.
Durante a sessão, a intenção é explorar como essas descobertas científicas podem ser integradas em políticas públicas e legislações inovadoras para melhorar a qualidade de vida da população. “É imprescindível que a Câmara esteja à frente em discussões dessa natureza”, afirma Kokay. Ela acredita que, por meio dessas discussões, será possível moldar ambientes urbanos que ampliem efetivamente a qualidade de vida.
Este debate reflete um crescente interesse global em como o ambiente construído pode ser otimizado para o bem-estar psicológico e físico. Estudos na área de neuroarquitetura revelam que cores quentes, como amarelo e laranja, podem estimular a criatividade e o humor, enquanto tons frios, como azul e verde, são mais propícios para a calma e a tranquilidade. Além das cores, a iluminação adequada pode melhorar o sono e os ritmos circadianos, e uma boa acústica pode reduzir o estresse e melhorar a concentração.
A realização desse evento na Câmara dos Deputados sublinha a importância de se considerar aspectos neurocientíficos na criação de espaços públicos e privados. Espera-se que as discussões possam gerar novas diretrizes e iniciativas que beneficiem o bem-estar mental e físico de todos os cidadãos.
