CAMARA DOS DEPUTADOS – Câmara dos Deputados Aprova Projeto que Reforça Combate à Exploração Sexual em Serviços Turísticos no Brasil

No dia 11 de setembro de 2025, a Comissão de Turismo da Câmara dos Deputados deu um passo significativo em direção ao endurecimento das penalidades contra práticas de exploração sexual ligadas ao setor turístico. Foi aprovado um projeto de lei que classifica a intermediação e a promoção da exploração sexual de qualquer indivíduo no âmbito dos serviços turísticos como uma infração administrativa.

Com a nova legislação, práticas como exploração sexual passariam a ser consideradas agravantes nas penalidades a serem aplicadas. As sanções incluem multas, a interdição do estabelecimento ou da atividade, além do cancelamento do alvará de funcionamento e do cadastro no Ministério do Turismo. Importante frisar que essas sanções não excluem responsabilidades civis, penais ou administrativas que já estão previstas na legislação vigente.

O projeto, que recebeu a nova redação do deputado Keniston Braga (MDB-PA), é uma iniciativa originária do deputado Yury do Paredão (MDB-CE). A versão original buscava identificar o “turismo sexual” como infração, mas o relator substituiu essa terminologia por “exploração sexual no âmbito da prestação de serviços turísticos”. Essa mudança visa evitar a associação indevida entre economias legítimas e práticas ilegais.

Outro ponto fundamental da proposta é que ela amplia a definição de infração, incluindo a exploração sexual de qualquer pessoa, e não apenas crianças e adolescentes. Contudo, isso não revoga as disposições da Lei Geral do Turismo, que continua a se focar na proteção de menores.

Durante a votação, Keniston Braga destacou a importância do turismo para o desenvolvimento econômico e social do Brasil, enfatizando que é essencial que essa indústria opere de maneira ética e sustentável. A adoção de altos padrões de conduta, segundo ele, é vital para a reputação do Brasil como um destino turístico respeitado no cenário global.

A proposta agora tramitará pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, antes de seguir para a votação nas duas casas legislativas. A aprovação desta medida é vista como um passo importante na luta contra o turismo sexual e para a proteção da dignidade humana no setor turístico.

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