CAMARA DOS DEPUTADOS – Câmara dos Deputados aprova projeto que proíbe uso de celular por crianças na escola para protegê-las de conteúdo impróprio.



A Comissão de Educação da Câmara dos Deputados acaba de aprovar um importante projeto de lei que impactará o uso de celulares e outros aparelhos eletrônicos por alunos da educação básica em escolas públicas e particulares. O texto aprovado proíbe categoricamente o uso desses dispositivos por alunos durante o período escolar, incluindo o recreio e os intervalos entre as aulas.

De acordo com o relator do projeto, deputado Diego Garcia, a medida visa proteger as crianças de possíveis abusos, principalmente aquelas com até 10 anos de idade. O uso de celulares em sala de aula será permitido apenas para atividades pedagógicas, em todos os anos da educação básica, além de situações específicas de acessibilidade, inclusão e condições médicas.

O relator ressaltou a importância de adiar o uso e o porte de aparelhos eletrônicos para crianças muito novas, uma vez que estudos recentes apontam para o acesso precoce a conteúdos impróprios como pornografia, drogas, violência e apostas eletrônicas. Para Garcia, as atividades físicas e de socialização são essenciais nessa fase de desenvolvimento.

No entanto, a partir dos 11 anos, o porte de celulares na escola será autorizado, desde que seja para fins pedagógicos e didáticos. O relator destacou a importância da autorregulação dos alunos nessa faixa etária e da demanda por interações digitais para as relações sociais e atividades escolares.

Além disso, o projeto aprovado também prevê a abordagem do tema do sofrimento psíquico e da saúde mental dos alunos, com orientações sobre os riscos e prevenção relacionados ao uso excessivo de celulares e acesso a conteúdos inadequados. Os professores serão treinados para identificar sinais de sofrimento psíquico e as escolas deverão oferecer espaços de acolhimento para alunos em situações de vulnerabilidade.

O próximo passo para a efetivação do projeto é sua análise pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania. Para se tornar lei, a proibição precisa ser aprovada tanto pela Câmara dos Deputados quanto pelo Senado Federal. A medida visa promover um ambiente escolar mais saudável e propício ao desenvolvimento integral dos alunos.

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