CAMARA DOS DEPUTADOS – Câmara dos Deputados Aprova Projeto que Elimina Avaliação Psicológica para Servidores de Segurança Pública Mantendo Porte de Arma de Fogo



Em uma votação recente, a Comissão de Segurança Pública da Câmara dos Deputados deu parecer favorável ao Projeto de Decreto Legislativo 466/24, que propõe a eliminação da exigência de avaliação psicológica a cada três anos para os servidores da segurança pública que desejam manter o porte de arma de fogo. Essa mudança foi proposta pelo deputado Marcos Pollon, do PL-MS, que argumenta que tais avaliações periódicas não são apoiadas por evidências científicas consistentes.

Pollon defende que, embora a saúde mental dos policiais seja uma questão de grande relevância, não existem estudos que justifiquem a necessidade de avaliações semestrais, como estipulado anteriormente por uma Portaria Conjunta do Exército e da Polícia Federal. Além disso, a proposta em questão também visa revogar restrições que impedem que agentes de segurança tenham acesso a armamentos considerados de uso restrito, como fuzis e carabinas. Esses dispositivos são controlados pelo Exército e incluem acessórios como miras com visão noturna e silenciadores.

O deputado enfatizou que impor tais restrições sem uma base técnica sólida pode afetar a segurança pública e a eficácia das operações realizadas pelas forças de segurança, colocando em risco a proteção da sociedade. As críticas ao rigor das regulamentações atuais foram ressaltadas pelo relator do projeto, o deputado Delegado Caveira, do PL-PA. Ele argumentou que o governo federal tem promovido um endurecimento contínuo no acesso legal às armas, mesmo para profissionais que têm esse direito por conta de suas funções.

Caveira também apontou que a portaria que regulamenta estas matérias tem colocado obstáculos excessivos, como a proibição de uso de acessórios legítimos e exigências de revalidação psicológica para servidores inativos.

O projeto agora segue para análise por comissões adicionais, incluindo as de Previdência, Assistência Social, Infância, Adolescência e Família, e de Constituição e Justiça. Para que o projeto se torne lei, será necessário um acordo entre a Câmara e o Senado. A expectativa é que essa tramitação avance rapidamente, dada a importância do tema para a segurança pública no país.

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