Mandel ressaltou a importância da discussão ao mencionar que a estiagem esperada para o próximo ano pode resultar em uma série de efeitos devastadores. Entre os principais problemas estão a redução do abastecimento de água, a ameaça à biodiversidade, dificuldades no transporte fluvial e, especialmente, o impacto severo sobre as comunidades ribeirinhas e indígenas. “Os amazonenses, já afligidos pelo isolamento geográfico e seus desafios econômicos, encontram-se respirando ar carregado de fumaça, uma dolorosa lembrança diária das queimadas que devastaram suas florestas”, destacou o deputado.
A preocupação de Mandel estende-se além dos danos ambientais; ele enfatiza também o sentimento de abandono que toma conta da população à medida que os pedidos de ajuda parecem ser ignorados pelo restante do país. “A sensação de abandono cresce à medida que os gritos de socorro parecem dissipar-se, ignorados pelo resto do País”, afirmou. Essa realidade põe em evidência a necessidade urgente de ações coordenadas e eficazes para mitigar os efeitos das queimadas e promover a conscientização nacional sobre a gravidade da situação.
A audiência pública que será realizada no plenário 8 às 10 horas, promete ser um espaço crucial para o debate de estratégias de enfrentamento e para a solidariedade entre os entes federativos na busca de soluções. A expectativa é que a reunião possa não apenas chamar a atenção para a gravidade dos incêndios florestais e do desmatamento, mas também catalisar políticas públicas concretas que ofereçam suporte às comunidades afetadas e protejam o ecossistema amazônico.
Essa mobilização no âmbito legislativo reflete a crescente pressão da sociedade civil e de organizações ambientais para que medidas mais rigorosas e eficazes sejam implementadas no combate às queimadas. O desastre ambiental não é um problema isolado do Amazonas; ele reverbera com implicações globais, trazendo à tona a necessidade urgente de um compromisso coletivo em prol do meio ambiente e da sustentabilidade.
